Chefe da PF diz que não precisava ser vidente para prever 8 de janeiro

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse que houve “negligência de várias entidades e de vários órgãos públicos” em relação aos acampamentos em frente ao quartel-general, em Brasília.

Durante um evento sobre os dez anos da Lei Anticorrupção, Rodrigues declarou que alertou sobre a necessidade de conter os manifestantes — que estavam insatisfeitos com a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022 –, e que não era necessário ser “vidente” para concluir que o grupo avançaria para a Praça dos Três Poderes.

“Era um acampamento de criminosos, que reunia pessoas que estavam tramando um golpe de Estado”, explicou o diretor da PF nesta segunda-feira, 31. “O que houve foi uma negligência de várias entidades, de vários órgãos públicos. Verbalizei e formalizei isso em um ofício ao ministro da Justiça, Flávio Dino, dizendo que aquelas pessoas precisavam ser contidas no acampamento, caso contrário elas iriam invadir o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Não sou vidente, só estava vendo as coisas.”

Fonte: Revista Oeste