China possui 400 ogivas nucleares, segundo relatório do Pentágono

Relatório divulgado em 29 de novembro detalha como a República Popular da China representa o desafio mais consequente e sistêmico para segurança nacional dos EUA e para um sistema internacional livre e aberto. O documento destaca a estratégia chinesa de buscar, acumular e expandir o seu poder nacional para transformar alguns aspectos do sistema internacional com objetivo de torná-lo mais favorável às políticas da RPC, bem como aos próprios interesses do partido comunista chinês.

A China tem a maior marinha do mundo em número de navios, com uma força de batalha de cerca de 340 navios e submarinos. O exército da China, segundo o relatório, tem 975.000 membros da ativa, e a força de aviação de Pequim é a maior da região e a terceira maior do mundo, com mais de 2.800 aeronaves, relata a VOA News.

Os Estados Unidos avaliam que a China possui nesse momento, mais de 400 ogivas nucleares operacionais em seu estoque. Se esse esforço de modernização continuar na cadência atual, os chineses poderão lançar cerca de 1.500 ogivas até 2035. Comparativamente falando, o arsenal nuclear dos Estados Unidos, com cerca de 3.800 ogivas em estado ativo, ainda supera o da China. A Força de Foguetes do Exército Popular de Libertação (PLARF) também construiu três campos de silos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), que conterão pelo menos 300 novos silos de ICBM.

O PLA começa a considerar um novo conceito operacional – a “guerra de precisão multidomínio”. Oficialmente, este novo conceito visa identificar as principais vulnerabilidades no sistema operacional de um adversário e, em seguida, lançar ataques de precisão contra essas vulnerabilidades. Esses sistemas podem ser de natureza crítica, ligadas a certas infraestruturas, cujo colapso resultaria em falhas autenticamente existenciais e catastróficas.

O relatório termina com o Departamento de Defesa reconhecendo que existe uma “competição estratégica”, mas que deve ser administrada com responsabilidade junto a RPC para evitar mal-entendidos conflitantes.

Fonte: Hoje no Mundo Militar