A Defesa Civil de Aparecida de Goiânia fiscaliza cotidianamente casas e lotes baldios nos bairros da cidade para verificar a existência de cisternas, fossas sépticas ou valas irregulares.
Essas estruturas oferecem perigo à população. Em novembro de 2013, uma criança de 5 anos caiu numa fossa e morreu. A tragédia ocorreu na rua X-41, no Setor Tocantins. A fossa ficava dentro do quintal da família, mas não estava devidamente tampada, nem sinalizada.
Em janeiro de 2019 uma mulher foi resgatada pelos Bombeiros Militares depois de ter caído em uma cisterna sem tampa, quando caminhava em um lote baldio no Setor Veiga Jardim I.
Os casos são sucessivos. Em setembro de 2019, outra mulher caiu dentro de uma fossa da empresa em que trabalhava, no Jardim Alto Paraíso. Uma adolescente de 16 anos caiu numa cisterna ao tentar resgatar dois gatinhos dentro do reservatório de água, no Residencial Araguaia, em maio de 2020. Nos dois casos, as estruturas não estavam devidamente tampadas.
O crescimento demográfico, a falta de infraestrutura em vários bairros, e a irresponsabilidade de proprietários deixam algumas regiões da cidade como “queijos suíços”, o que transforma esses ambientes em locais de alto risco.
“Há seis anos tínhamos uma estimativa de cerca de 80 mil estruturas (cisternas, fossas e valas) abertas nos lotes baldios, porém, isso já mudou. A prefeitura tampa as que encontrada nos lotes baldios. Mas há pessoas que perfuram, por isso não temos uma estimativa exata, mas posso dizer que ¼ dos lotes baldios da cidade possuem algum tipo de fossa ou cisterna”, disse o superintendente da Defesa Civil de Aparecida, Juliano Cardoso.
Segundo ele, o dono de um lote baldio com cisterna, fossa ou vala aberta pode responder criminalmente, caso alguma pessoa se acidente.
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