No último ano, ela descobriu novos sintomas e busca ajuda para conseguir tratamento em São Paulo
Pentear o cabelo, escovar os dentes, subir e descer escadas são tarefas encaradas com facilidade por muitos, mas não para Samia Tainara Cabral Bexiga, de 35 anos. Em 2019, ela recebeu o diagnóstico de miopatia necrosante imunomediada. A doença autoimune, que é considerada rara, mudou a rotina da campo-grandense que parou de trabalhar e precisa de ajuda diária.
Antes de descobrir a doença autoimune, o primeiro sinal foi o cansaço. Samia começou a sentir dificuldades para ir ao mercado, banco e aí veio a desconfiança de que algo não estava certo. Naquele ano, ela conta que ainda trabalhava.
“Eu estava trabalhando, trabalhava em um lar de idosos e comecei a sentir fraqueza para fazer atividades diárias. Não conseguia mais fazer as coisas normais”, recorda.
Os primeiros exames foram feitos pela mãe da chefe de Samia. Após o resultado, que constou diversas alterações no sangue, ela procurou um reumatologista. Nesse ponto, Samia já sentia mais dores que antes.
“De início fiz uma pulsoterapia para amenizar um pouco, porque estava sentindo muita dor no corpo, não conseguia escovar o cabelo, dente, sentar numa cadeira, não conseguia fazer essas coisas. Aí baixou um pouco as taxas do meu exame, mas não foi o suficiente pra eu melhorar”, comenta.
Miopatia necrosante imunomediada era algo que ela nunca tinha ouvido falar. Sem história de doença autoimune na família, Samia descobriu com o especialista que o caso dela também era considerado raro.
“Ninguém da família tinha, a gente nunca tinha ouvido falar. Logo que descobri o que era, comecei a procurar na internet e não encontrava alguém que tivesse o mesmo diagnóstico”, fala.
Em casa, ela lida com os efeitos do remédio e conta com o apoio de familiares e o namorado. “Ontem e anteontem fiz a infusão, tomei o medicamento e quando tomo fico uma semana imprestável, fico com muita dor no corpo, cabeça. Meu namorado vem pra casa e ajuda”, afirma.
Vaquinha virtual – Há 1 ano, Samia entrou numa nova fase de exames e o resultado ainda não trouxe respostas claras. “Comecei com novos sintomas, fui atrás de mais um monte de exames. Na ressonância do crânio deu que tenho lesão no cérebro e na coluna”, explica.
A suspeita é de esclerose múltipla, mas ela só terá certeza em São Paulo. A médica de Samia recomendou o caso para um especialista que atende no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para conseguir realizar os exames fora do Estado na próxima terça-feira, ela abriu uma vaquinha virtual. O valor arrecadado será usado para custear os gastos com a passagem, hospedagem e alimentação. Sem a arrecadação, ela acredita ser difícil fazer a viagem.
“Eu tenho um filho pequeno de nove anos. Eu não estou trabalhando porque não consigo trabalhar, não consigo fazer nada. A vaquinha é para custear a passagem, hospedagem e alimentação”, pontua.
Apesar da dificuldade de viver com a doença autoimune, Samia se mantém confiante. “Eu tô passando por tudo isso porque tenho que passar. Sou forte e aguento, se eu estou passando é porque aguento”, destaca.
O link para fazer doações é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-da-samia
Créditos: Jéssica Fernandes/Campo Grande News
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