Investimento, economia e reserva de caixa ajudam o empresário a alcançar o patrimônio, mas é preciso ter paciência e perseverança
Para quem está começando o próprio negócio, conquistar o patrimônio de R$ 1 milhão pode parecer impossível. Mas especialistas financeiros afirmam que a possibilidade de ter uma carteira de investimentos diversificada ajuda a acelerar o processo, pois impede que o dinheiro perca valor com o passar do tempo.
Mas antes de começar a investir, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) alertam sobre algumas etapas anteriores que devem ser cumpridas.
Crie o hábito de poupar
De acordo com a Abefin, o primeiro passo para qualquer pessoa que deseja conquistar algum objetivo material é começar a poupar. A orientação é válida para o empreendedor que deseja conquistar o seu primeiro R$ 1 milhão. Neste processo, o hábito e a constância são as principais regras.
Tenha uma reserva de caixa
Para o Sebrae, é fundamental que qualquer empresa, independente do porte ou do segmento de atuação, tenha uma reserva de caixa. Isso significa a disponibilidade de uma quantia em dinheiro para emergências.
Em momentos de crise ou baixa demanda, a reserva de caixa garante a compra de insumos e o pagamento de credores, evitando a falência do negócio.
Segundo o Sebrae, para criá-la, o empreendedor deve controlar o fluxo de caixa e os gastos. Também é necessário calcular o valor desse fundo de reserva para assegurar possíveis eventualidades. É aconselhável que ela tenha o valor suficiente para cobrir as despesas fixas e variáveis por um período de três a seis meses.
Reserva x patrimônio
Mas é preciso atenção. Não é na reserva de caixa que o empreendedor irá criar o seu patrimônio. O dinheiro desse tipo de fundo tem a finalidade de dar segurança para a empresa nos momentos de baixa, impedindo que feche as portas.
Evite dívidas
Evitar o endividamento é uma regra para quem pretende poupar para começar a investir o dinheiro economizado, como explica a Abefin. Para os empreendedores, a situação é a mesma.
Pagar as contas em dia e evitar que o nome entre nos birôs de crédito são práticas que auxiliam a poupar dinheiro, já que os gastos são menores quando não há cobrança de juros e taxas.
Para se ter ideia, há cartões de crédito que cobram até 300% de juros ao ano, sem contar as taxas. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), os juros do crédito rotativo do cartão chegam, em média, a 425% ao ano. Os percentuais exemplificam como o pagamento em dia favorece quem está poupando para investir.
Diversifique a carteira de investimentos
A máxima diz que dinheiro parado é dinheiro perdido, e isso é fato. Com a inflação, R$1 milhão em 2023 não tem o mesmo poder de compra que tinha em 2015, por exemplo. Dessa forma, para que um empreendedor consiga juntar o primeiro R$ 1 milhão, é necessário que o valor economizado seja investido.
A orientação da Anbima é criar uma carteira de investimentos diversificada, com uma parte dos recursos alocada em produtos de renda fixa e outra em renda variável. A diversificação é uma estratégia para potencializar a rentabilidade e minimizar os riscos de perda financeira.
Para quem deseja mais segurança, é aconselhável avaliar o melhor investimento de renda fixa, de acordo com seu perfil. Nesta modalidade, o investidor já conhece as regras sobre remuneração e prazos antes de investir. De acordo com a Abefin, a categoria reúne os investimentos considerados menos arriscados, como os títulos do Tesouro Direto.
Aposte na renda variável
Apesar de ser considerada mais segura, a renda fixa garante um retorno financeiro mais baixo quando comparado ao da renda variável. Por isso, a estratégia da carteira de investimentos deve, também, considerar os produtos da segunda modalidade.
Antes de investir nas aplicações de renda variável, o investidor deve estar ciente de que o valor da remuneração varia conforme as condições do mercado. Por isso, é preciso ter experiência para saber quando comprar e vender papéis ou fazer a retirada do dinheiro investido.
Ações, fundos de investimento imobiliário (FIIs) e Exchange Traded Funds (ETFs) são alguns exemplos de produtos financeiros da modalidade.
Atualização deve ser constante
O bom empreendedor não pode ficar parado no tempo. É necessário se atualizar sobre o mercado e outras questões sobre o próprio negócio, como contabilidade, administração, marketing e comunicação. Isso ajuda a manter seu empreendimento competitivo com relação aos produtos e serviços.
O conhecimento deve se estender aos investimentos. Entender sobre bolsa de valores, produtos financeiros, oscilações do mercado, riscos e ganhos ajuda a fazer aplicações mais inteligentes e rentáveis.
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