Covid-19: MP investiga casos de fura-fila de vacina em SP

O Ministério Público de São Paulo e a Secretaria da Justiça e Cidadania investigam dezenas de casos de pessoas que furaram a fila de vacinação contra a covid-19 em todo o estado. São pessoas que não respeitaram as etapas de vacinação estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Também estão sendo investigados casos de pessoas que tomaram mais de duas doses de imunizantes.

O Ministério Público registrou 56 denúncias de pessoas que furaram a fila da vacinação, sendo que 22 delas foram encaminhadas para a área criminal. As demais estão sendo analisadas pela área cível. Só na capital paulista, há cinco denúncias sendo investigadas na área criminal e três na área cível.

Já na secretaria de Justiça e Cidadania foram registradas 27 denúncias até hoje (6), sendo seis delas de pessoas que já tinham sido vacinadas (com as duas doses) e conseguiram tomar uma terceira dose de imunizante.

As vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são de esquema de duas doses [CoronaVac/Butantan/Sinovac, Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford/Fiocruz] ou de apenas uma dose [Janssen].  Não há no país nenhuma vacina sendo aplicada em três doses, ou seja, quem tomou mais de duas doses de imunizantes cometeu uma infração.

“O plano de vacinação visa a proteger a vida das pessoas. Naquele determinado momento, é importante que o grupo prioritário seja vacinado, quer por razão de sua idade, quer por comorbidade ou pelo risco de sua atividade profissional. São pessoas que precisam ser mais protegidas do que as outras pessoas. Portanto, em respeito à vida é muito importante que todos respeitem o plano de vacinação”, afirmou o secretário de Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, em entrevista hoje (6) à Agência Brasil.

Segundo o secretário, aqueles que estão desrespeitando as etapas de vacinação estão cometendo infração e podem ser punidos com a aplicação de multas ou responder por crime contra a saúde pública. “Lamento que essas pessoas, infelizmente, não respeitem as regras e nem a vida do próximo. Então, para elas, lamentavelmente, a lei tem que agir e tem que punir.”.

Fonte: Agência Brasil