Covid-19: OMS volta a citar tese de início da doença em laboratório chinês

A China foi pega de surpresa nesta terça-feira (30) pelo pedido de Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), por mais investigações sobre a possibilidade da Covid-19 ter partido de um laboratório em Wuhan. O país está sob pressão desde então, e nesta quarta-feira (31), o coordenador dos cientistas chineses Liang Wannian disse não ter compreendido as declarações de Adhanom.

– Não entendo a visão dele das coisas porque é uma área que nos afeta, os cientistas – afirmou, em entrevista coletiva.

Wannian disse que os pesquisadores chineses seguirão colaborando com os cientistas estrangeiros, mas não falou nada sobre o pedido do diretor-geral da OMS por uma nova investigação em solo chinês.

A pesquisa internacional examinou locais relacionados à origem da pandemia, chegando à conclusão de que o vírus deve ter partido de morcegos e chegado aos humanos por meio de outro animal, como gatos, coelhos ou vison. A segunda hipótese seria contágio por meio de mercado de frios. A possibilidade de o vírus ter escapado de laboratório foi considerada “muito improvável”.

Contudo, Tedros Adhanom, que já foi acusado de ser muito compassivo com a China, disse que é necessária uma investigação mais detalhada com especialistas acerca da hipótese envolvendo o Instituto de Virologia de Wuhan. Ele também criticou o governo chinês pelas dificuldades de acesso aos dados originais.

A China negou que tenha tentado ocultar informações, e o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, pediu que a comunidade científica investigue também outras partes do mundo.

Fonte: Pleno.News