Sem dinheiro para comprar o botijão de gás, que tem o preço reajustado frequentemente, muitas famílias estão utilizando álcool para cozinhar, situação que tem provocado o aumento dos acidentes domésticos. Em Goiás, em menos de dois meses, foram registrados casos de queimaduras em três famílias, provocadas pelo manuseio de álcool. Em julho último, uma pessoa morreu em Goiânia, vítima de queimadura causada pela substância.
Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa nesta segunda-feira, 20, o médico Fabiano Calixto Arruda recomendou cuidado no manuseio do álcool, por se tratar de uma substância inflamável, que pode espirrar em alguma parte do corpo e acabar levando a uma lesão ou queimadura. O produto também deve ficar longe das crianças, recomendou.
Internação
Conforme Fabiano Calixto, que é supervisor do Centro de Queimaduras Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), uma pessoa manuseando álcool está sujeita a sofrer queimaduras leves, moderadas e até graves. No caso das moderadas a graves, essa pessoa pode necessitar de internação. De acordo com a gravidade da queimadura, isso pode afetar a parte respiratória ou alguma região do corpo, levando a retrações e à necessidade, no longo prazo, de reabilitação.
“Sempre que houver uma queimadura, é importante que seja procurada assistência médica para orientação, porque essa região (queimada) pode evoluir para uma infecção. E dependendo da região, apesar da queimadura ser de extensão pequena, existem áreas que são consideradas nobres, como a face, a região do períneo, as mãos e os pés”, explicou o médico. Fabiano Calixto destacou a importância da prevenção, de se tomar os cuidados necessários para manusear produtos que são inflamáveis.
Fonte: Governo de Goiás
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