A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia conclui nesta sexta-feira (21) o inquérito policial instaurado para apurar torturas praticadas contra uma criança de 3 anos de idade. O fato ocorreu por volta do dia 1º de maio deste ano, no setor Santa Genoveva, em Goiânia. A menor deu entrada no Hospital Materno Infantil, dia 7 de maio, apresentando lesões há alguns dias. A equipe médica do hospital detectou que a criança era vítima de agressão.
Segundo apurado, a mãe já havia levado a criança em outros três Cais da capital anteriormente à procura de atendimento médico. No Materno Infantil, o Conselho Tutelar foi acionado e comunicou o fato à DPCA, que imediatamente iniciou as diligências. A mãe da criança e o padrasto foram ouvidos, bem como testemunhas.
A mãe nega que tenha causado as lesões na criança. Porém, a menor chegou a perder 30 cm do intestino delgado por ter havido uma necrose causada no órgão por um trauma contundente. “O laudo médico apontou que o crime foi praticado com requintes de crueldade, indícios de tortura. A criança teve múltiplas lesões no rosto, corpo, membros, face. E precisou ser submetida a cirurgia para retirada de parte do intestino devido à pancada contundente na barriga”, afirma a delegada titular da DPCA, Marcella Orçai, responsável pelo inquérito.
A mãe tem 25 anos e está grávida. Ela deve ser indiciada pelo crime de tortura qualificada por lesão grave, cuja pena varia de 4 a 10 anos de reclusão. A criança passou por cirurgia e ainda está hospitalizada. Não há indícios de autoria ou participação do padrasto no crime. As informações são da Polícia Civil.
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