Por ter uma Bíblia, um grupo de cristãos norte-coreanos foi enviado para uma aldeia remota com trabalho forçado e alimentação limitada, de acordo com um relato compartilhado pela Portas Abertas do Reino Unido.
Bae (nome fictício por razões de segurança) é uma líder cristã que teve sua Bíblia destruída e foi forçada a viver em um local exilado, mas se recusa a abandonar sua igreja subterrânea na Coreia do Norte.
Ela passa o dia trabalhando nos campos, na aldeia em que foi forçada a viver. À noite, ela e seus colegas de casa cobrem as janelas com cobertores, acendem uma pequena vela e sentam em um círculo apertado antes de pegar um livro para ler.
Embora Bae tenha sido oferecida para ficar na China, ela recusou a oferta e continua a servir sua igreja clandestina. Abaixo está uma carta recente de Bae, recebida pela equipe do Portas Abertas na China.
“Querido irmão,
Estamos bem e em paz pela graça de Jesus Cristo e suas orações. Quando nossa Bíblia foi encontrada, foi imediatamente destruída. E porque somos cristãos, fomos exilados para uma aldeia remota sem chance de sair. Trabalhar aqui é difícil. As rações são limitadas. Estamos sempre com fome ou doentes.
Precisamos procurar amplamente por alimentos para sobreviver. Mas todas as manhãs, quando abro os olhos, sinto a presença do Senhor e agradeço ao nosso Deus pai por ainda ser forte o suficiente para ser usada como Sua serva.
O homem não vive só de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
Embora tenha sido difícil, recentemente consegui cruzar a fronteira para a China. Lá encontrei outros cristãos. Eles me deram comida, remédios e – pela graça de Deus – uma nova Bíblia.
Me ofereceram um lugar para ficar na China. Isso significaria liberdade. Mas não poderia abandonar minha família e minha igreja, por menores que fossem.
Da sua perspectiva, irmão, nosso sofrimento deve parecer que vivemos uma vida amaldiçoada. No entanto, vemos isso como uma bênção porque é um atalho para o Pai.
Mas ainda irmão, tenho mais um pedido para que envie nossa gratidão àqueles que continuam orando por nós. (…)”.
Fonte: Guiame
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