O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é alvo de mais uma ação na Justiça decorrente do escândalo de contratação de funcionárias fantasmas, que confirmaram terem sido obrigadas a sacar mais de 90% dos salários e devolver ao político. A ação pública foi movida pelo advogado Rafael Severino Gama, na Justiça Federal do Rio Grande do Sul, cobrando a anulação das nomeações e condenação de Alcolumbre por “flagrante dano ao erário”, estimado em R$2 milhões.
Conforme a denúncia acolhida pelo Juiz Luiz Clovis Nunes Braga, indicado por sorteio, o senador, que agora vira réu, acusado pela Lei 14.289, contratou entre 2019 e 2021, quando presidiu o Senado Federal, seis funcionárias (todas solteiras e desempregadas que residiam nos arredores de Brasília e em cidades vizinhas de Goiás), por salários que variavam de R$ 4 mil a R$ 14 mil. As denúncias são de que o senador desviou um total de R$ 2 milhões.
Gama reitera que as funcionárias escolhidas são todas jovens pobres e também foram “vítimas de esquema ilegal e moralmente repugnante”. O advogado cita que incluiu funcionárias como rés por coerência legal e pede que penas sejam direcionadas “exclusivamente” a Alcolumbre.
Alcolumbre, que já enfrentava grandes dificuldades para superar a disputa com a primeira dama de Macapá Rayssa Furlan (MDB), esposa do prefeito Antônio Furlan, vai ter a vida mais complicada ainda. A adversária já usava as denúncias em seu horário eleitoral e em cartazes por todo o Amapá para desgastar o senador.
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