A Polícia Civil prendeu, ontem (30), a esposa do cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, que foi sequestrado e morto em Rubiataba, no centro goiano. Segundo a corporação, Alyssa Carvalho Chaves é suspeita de encomendar o crime com o intuito de ficar com os bens do casal e dinheiro do seguro de vida. As investigações também buscam esclarecer se ela tinha uma amante que teria ajudado a planejar o crime.
Além da esposa, outras três pessoas já haviam sido detidas: um homem suspeito de ter fornecido a arma usada no homicídio – uma pistola 380 –, outro suspeito de atirar contra a vítima e um terceiro que teria dirigido o carro usado no crime.
Os nomes dos investigados não foram divulgados.
O Delegado Marcos Adorno, que está responsável pelo caso, disse que há suspeita de que mais duas pessoas estejam envolvidas:
“As investigações apontam que os executores materiais – os que atiraram, fugiram do local do crime, teriam sido contratados por outra pessoa, o cabeça dessa empreitada [que ainda não foi encontrado]. Esse chefe teria sido contratado por uma intermediária da esposa”, explicou.
Ainda de acordo com Marcos, essa intermediária seria uma amante da mulher da vítima. Apesar da suspeita, as investigações continuam para descobrir mais sobre a relação entre as duas.
O Delegado detalhou que o crime foi planejado.
Segundo as investigações, os executores tinham os controles dos portões da casa da vítima e chegaram a pé ao local.
A esposa havia saído com os filhos do casal – gêmeos de 3 anos e um menino de 5 para a igreja, coisa que ela não tinha hábito de fazer… foi apenas para ser vista naquele local no momento que o marido estava sendo morto.
“A vítima estava estudando para um concurso.
Os vizinhos o ouviram falando que não chamaria a polícia, mas que o preservasse por ser pai de três crianças.
A mãe nunca ia à igreja e, justo naquele dia, inventou essa história para ter cobertura”, disse Marcos.
Também de acordo com o delegado, os dois executores amarraram as mãos de Luiz Fernando com um enforca-gato e o amordaçaram com um pano.
Marcos disse que os vestígios apontam ainda que um dos homens dirigiu a caminhonete do próprio cartorário para o local na zona rural onde o corpo foi encontrado, enquanto o outro foi responsável por matar a vítima a tiros.
A caminhonete e a arma foram encontradas e apreendidas.
Segundo o delegado, na combinação entre os autores, o motorista receberia R$ 1 mil como pagamento e R$ 300 para combustível, enquanto o atirador ficaria com a caminhonete roubada durante o crime e mais R$ 5 mil.
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