O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), fez uma avaliação nesta quarta-feira, 5, sobre os primeiros 100 dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente da Presidência da República. Atual presidente nacional do PSDB – que adota postura declaração de oposição ao Executivo -, o político gaúcho reconheceu que a mudança no Palácio do Planalto facilitou o diálogo entre Estados e o chefe da República, fazendo uma comparação com a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Era difícil dialogar com o ex-presidente. O cacoete dele era terceirizar responsabilidades. Tudo que tinha de problema era apontar culpados, inclusive os governadores. A gasolina está cara? Culpa dos governadores. A pandemia? Culpa dos governadores. (…) Isso trava a capacidade de discussão”, avaliou em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan News.
Em contrapartida, Leite reconheceu a facilidade do atual governo de negociar e ponderou que o desafio é “diálogo com efetividade e entrega”. “Lula foi presidente por dois mandatos, tem característica de diálogo, governadores sentaram com o presidente em fevereiro, que não teve no mandato passado. Lula chamou [a reunião], saúdo essa iniciativa. Mas com 100 dias é difícil dizer que sai alguma coisa dali”, comentou. Segundo o governador, apesar da abertura de diálogo positiva, algumas manifestações do presidente “preocupam”, especialmente pelo tom de vingança atribuído, citando o caso do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Como a Jovem Pan mostrou, o atual chefe do Executivo afirmou que, durante a prisão em Curitiba, pensava em se vingar do então juiz. “As manifestações preocupam em alguns pontos, quando vimos manifestação sobre moro. Isso dá algum nível de preocupação, porque o papel do presidente, como de um governador, prefeito, gestor público, não é perseguir os culpados, é resolver os problemas da população”, ponderou.
Fonte: Jovem Pan
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