Em entrevista, morador de rua diz que “não fez nenhum mal” para ser espancado

No dia 9 de março, em Planaltina (DF), o morador em situação de rua, Givaldo Alves, de 48 anos, foi espancado pelo personal trainer Eduardo Alves, de 31, depois de ser flagrado tendo relações sexuais com a esposa do profissional. Givaldo diz não se arrepender de ter relações com a mulher, e afirmou que “não fez nenhum mal” para ser agredido.

“Ele expôs a vida dele e a vida dela. Eu acho que ele pensou tudo errado, eu não fiz nenhum mal para ser agredido, agora, as mentiras têm que se calar. (…) Um inocente não pode pagar, eu já estou sofrendo demais”, defendeu Gilvaldo, que negou qualquer abuso.

Ele condenou, também, a exposição do caso e disse que de inicio negou os pedidos da mulher “para namorar”, porém acabou aceitando depois que ela o convidou a entrar no carro.

“Não posso me arrepender porque não posso voltar atrás, se eu pudesse eu não olharia para trás, para aquela voz doce e suave falando: ‘moço, moço, moço’”, declarou, referindo-se à abordagem da mulher antes de entrarem no veículo.

Givaldo contou que iria se encontrar com amigos em uma praça, quando encontrou duas mulheres, uma delas com a Bíblia nas mãos. Depois de pedir para que elas orassem por ele, o homem continuou seu percurso até ser novamente abordado.

“Eu estava andando por trás do estacionamento da rodoviária quando ouço vozes: ‘moço, moço, moço, ei, moço’. Mas a voz insistiu, quando eu olhei era uma moça lindíssima demais. Perguntei se era comigo, gesticulei, ela confirmou e pediu: ‘espera aí’”, afirmou ele em entrevista ao Metrópoles.

“A moça veio até mim e disse: ‘eu quero namorar com você’. Eu olhei pra ela disse: ‘moça, eu sou morador de rua, só tô bem vestido’. ‘Não, eu quero namorar com você’. Eu respondi: ‘moça, eu não tenho dinheiro. ‘Não quero dinheiro’, ela disse, ‘eu quero namorar com você’”, descreveu. Givaldo afirma que negou o pedido, alegando à mulher que não tinha dinheiro “nem para pagar um hotel”, no entanto, ela insistiu e propôs: “não pode ser no meu carro?”. “Então eu disse: ‘bom, agora você me calou’. Se você nunca calou um homem, você calou agora”.