Empresário Joaquim Divino Naves morre de covid-19

Alto, alegre, simpático, que gostava de conversar e estava sempre rodeado de amigos, Joaquim Divino Rodrigues Naves, 66 anos, marcou sua presença por onde passou. Começou a trabalhar cedo, ajudando o pai, Derval Rodrigues Naves, que trabalhava em fazendas. Quando a família se mudou para Goiânia logo arranjou um emprego na Cooperativa Central Rural de Goiás Ltda. (Go-Go), que produzia laticínios, e fez amizade com um de seus principais dirigentes, o empresário e pecuarista João Bosco Gomes Louza, que foi Superintendente, e deixou a Cooperativa logo após o falecimento do amigo.

Ativo e dinâmico, Joaquim Divino e a mulher, Emylse Borges Naves, contraíram o coronavirus, no início do mês, recuperaram-se, mas no final de semana, como tinha problemas cardíacos, ele sentiu falta de ar, foi hospitalizado, teve complicações e na madrugada desta segunda-feira, dia 29, não resistiu. Às 11h seu corpo foi sepultado no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia.

Trajetória

Goiano de Corumbaíba, onde nasceu em 31 de julho de 1954, Joaquim Divino gostava de trabalhar, era um excelente vendedor e se destacou na Go-Go, onde seria o substituto de Bosco Louza na Superintendência da Cooperativa. Como gostava da área, logo adquiriu uma fazenda, no município de Orizona, GO, onde criava gado de corte, e abriu em 1996 a Laticínios Três Santas, para resfriamento de leite, intermediando a compra do produto para entrega a laticínios. Participou da Cooperativa Agropecuária de Firmeza Ltda. (Cafir), de Orizona. Mais tarde fez o Curso de Direito na Faculdade de Anápolis, mas não exerceu a profissão.

Quando deixou a Cooperativa Central tornou-se empresário da área de diversões eletrônicas, na Praça do Sol, em Goiânia, com a Red Ball Snooker Center, e em shopping centers, além de trabalhar com imóveis. Foi Presidente do Jóquei Clube de Goiás, nos anos 2000, na expectativa de recuperar aquela entidade, mas não conseguiu. Gostava de viajar e conheceu muitos países.

Casou-se com sua conterrânea Emylse e eles tiveram três filhos: Juliana Borges Naves, psicóloga; Danilo Borges Naves, empresário, que ajudou o pai a tocar seus negócios; e Diogo Borges Naves, advogado.