A China segue com seus planos de se tornar uma potência mundial em tecnologia e ciência. Durante uma palestra realizada no último dia 23 de junho, na Universidade Politécnica de Hong Kong, o engenheiro Qi Fahzi, projetista-chefe da espaçonave chinesa Shenzhou, revelou que o país pretende construir uma grande estação de energia solar na órbita da Terra e, para isso, contará com o foguete Long March 9, já em desenvolvimento.
O projeto tem como principal objetivo estabelecer uma grande área de coleta de energia solar. Entre as vantagens, uma estação de energia em órbita da Terra estaria livre das interferências da atmosfera e também sazonais — por exemplo, no inverno temos menos horas de luz solar disponível. Então, a energia obtida seria transmitida para o solo por meio de micro-ondas ou lasers. Além de fornecer energia em grande escala, a estação também ajudaria na questão de escassez de recursos energéticos em solo.
Segundo Long Hao, projetista-chede da série de foguetes chineses Long March, numerosos lançamentos com o foguete Long March 9 serão necessários para construir as instalações de energia solar a mais de 35 mil quilômetros acima da superfície terrestre. De acordo com Long, o projeto da estação começaria já em 2022, com um teste de geração de energia em pequena escala, enquanto uma instalação de energia de nível megawatt por volta de 2030.
Já a comercialização de energia de nível gigawatt seria realizada em 2050. Para isso, estima-se mais de 100 lançamentos do Long March 9 e cerca de 10 mil toneladas de materiais de infraestrutura. O ambicioso projeto de energia solar em órbita prevê uma área de coleta de quilômetros quadrados, além de um grande subsistema de transmissão de energia por micro-ondas. No entanto, tanto Long quanto Qi reconhecem os grandes desafios pela frente, como a viabilidade econômica e custos de fabricação, bem como a eficiência e segurança da transmissão de energia.
Fonte: CanalTech
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