Uma jovem enfermeira sofreu uma parada cardiorrespiratória no mês passado durante uma aula sobre a doença e acabou sendo salva pelas colegas.
Andy Hoang, de 23 anos, começou o seu primeiro emprego como enfermeira este ano em New Hampshire, nos Estados Unidos, com o desejo de se especializar em cuidados cardíacos, conta a Associated Press (AP).
Entusiasmada por participar numa sessão prática sobre a doença, a jovem começou, contudo, a sentir tonturas e náuseas. “Essa é a última coisa de que me lembro. Acordei numa sala cheia de médicos e enfermeiras”, revelou a jovem enfermeira em entrevista à AP.
Afinal, ela própria tinha entrado em parada cardiorrespiratória e precisava de ajuda imediata. Os seus colegas entraram em ação e fizeram a parte prática do curso salvando-lhe a vida.
“Uma verificou a carótida, a outra as artérias femorais e ela não tinha pulso”, disse a instrutora Lisa Davenport, revelando ainda que foram realizadas manobras de reanimação e foi acionada uma equipe de emergência médica.
Davenport gritou por ajuda e, em seu auxílio, chegou uma equipa de cuidados intensivos do hospital – que estava participando numa outra aula.
Hoang foi ligada a um desfibrilhador para ser monitorada e ficou em oxigênio, enquanto aguardava os serviços de emergência, que acabaram por chegar 15 minutos depois.
“Correu tudo bem, mas foi muito assustador para todos nós. Não se espera que isso aconteça com alguém tão jovem”, declarou a professora.
Hoang regressou recentemente ao trabalho. Durante algum tempo, não conseguia acreditar no que lhe tinha acontecido. “Diria que sou uma jovem de 23 anos bastante saudável. Estou de pé 12 e 13 horas por dia no trabalho, por isso quero ter a certeza de que estou em forma para isso”, afirmou, revelando ainda que vai a academia quatro vezes por semana, corre e come bem.
Antes do fatídico dia em que sofreu a parada cardíaca, a jovem já tinha desmaiado duas vezes. Da primeira vez, não tinha comido e o nível de açúcar no sangue estava baixo, enquanto a segunda vez foi precedida de uma dor aguda no abdômen.
A experiência fortaleceu a sua relação com as outras colegas enfermeiras, após terem passado “por toda esta experiência de vida ou morte”, e tem muita gratidão à sua família laboral, contou Hoang.
“Isso realmente mudou a minha perspectiva de como vejo a vida. Diga que ama a tua família, porque pode ser a última vez que vai lhe dizer e aprecia a vida pelo que foi te dado. É preciosa e eu não percebi do quão preciosa era até quase a ter perdido”, terminou a jovem.
Relacionadas
Brasil pede desculpas oficiais pela escravização das pessoas negras
Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025
Ex-bailarina do Faustão, Natacha Horana é presa em São Paulo