Após meses de tratativas, sem sucesso, da comunidade aeronáutica com o governo norte-americano e com as empresas de telecomunicações, finalmente um avanço foi alcançado às vésperas da estreia do uso da tecnologia 5G nos Estados Unidos.
Segundo a Reuters, as empresas Verizon Communications e AT&T disseram na noite da segunda-feira, 03 de janeiro, que concordam em atrasar o começo da implantação do espectro da banda-C de dados móveis, que estava previsto para esta quarta-feira, 05.
A medida veio após companhias aéreas, sindicatos da aviação e autoridades das agências reguladoras, com apoio da Casa Branca, demonstrarem preocupação com a potencial interferência que o sinal causaria nos instrumentos de voo de aeronaves, principalmente nos radioaltímetros.
Porém, o adiamento do início da implantação foi, por enquanto, de apenas duas semanas. O acordo adia a data de implantação para 19 de janeiro. A Verizon disse que o adiamento “promete a certeza de trazer a esta nação nossa rede 5G revolucionária em janeiro”, portanto, aparentemente não há intenção de novas mudanças posteriores de data.
A AT&T disse que concordou com o atraso a pedido do secretário de Transportes, Pete Buttigieg. “Sabemos que a segurança da aviação e o 5G podem coexistir e estamos confiantes de que mais colaboração e avaliação técnica resolverão quaisquer problemas”, completou a AT&T.
No dia anterior, o domingo, 02 de janeiro, a agência reguladora havia dito que está revisando a última carta das empresas de comunicação sem fio sobre como mitigar a interferência das transmissões de banda-C 5G, e que os padrões de segurança da aviação dos EUA guiarão as próximas ações resultantes dessa revisão.
Ainda segundo a FAA, a tecnologia 5G e a aviação coexistiram com segurança em outros países porque os níveis de energia foram reduzidos em torno dos aeroportos e as indústrias trabalharam juntas antes da implantação, portanto, é o que se busca no atual cenário no país.
Fonte: Aeroin
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