Pesquisa dos virologistas do Imperial College London, no Reino Unido, indica que o risco de transmissão da Covid-19 nesses ambientes é extremamente baixo
O Reino Unido autorizou a reabertura de piscinas cobertas nesta terça-feira, 13, em um mais uma etapa do processo de flexibilização do lockdown. No mesmo dia, virologistas do Imperial College London divulgaram um estudo que afirma que a água da piscina é capaz de inativar o vírus causador da Covid-19 em apenas 30 segundos, de forma que o risco de transmissão da doença nesses espaços seria extremamente baixo.
O estudo, que foi encomendado pela empresa de natação infantil Water Babies e pela instituição de prevenção de afogamentos Royal Life Saving Society UK, ainda não foi publicado em uma revista científica. Isso significa que os dados ainda devem passar pela revisão de outros especialistas para serem validados.
Conduzido pela professora Wendy Barclay, principal especialista em vírus respiratórios da universidade, a pesquisa estabeleceu que 1,5mg de cloro por litro, com pH entre 7 e 7,2, reduziu a atividade do novo coronavírus em mais de mil vezes dentro de um período de 30 segundos.
“Realizamos esses experimentos em nossos laboratórios de alta contenção em Londres. Nessas condições seguras, podemos medir a capacidade do vírus de infectar as células, que é o primeiro passo para sua transmissão. Ao misturar o vírus com a água da piscina que nos foi entregue pela equipe do Water Babies, pudemos mostrar que o vírus não sobrevive na água da piscina: não era mais infeccioso. Isso, juntamente com o fator de diluição do vírus que pode chegar à piscina vindo de uma pessoa infectada, sugere que a chance de contrair Covid-19 com a água da piscina é insignificante”, explica a professora.
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