Um novo estudo publicado na revista Science Advances apontou a ocorrência de “chuva de diamantes”, um fenômeno comum em Netuno e Urano. A estranha forma de precipitação foi observada em um experimento que simulou as condições extremas nos gigantes de gelo, e sugere que esses tipos de planetas em toda a galáxia podem conter mais oxigênio do que o esperado.
A simulação foi feita pelo SLAC National Accelerator Laboratory, instrumento operado pela Universidade de Stanford (Estados Unidos) em parceria com instituições de vários outros países. Os cientistas afirmaram que a formação de diamantes pode chegar a milhões de quilates — em termos comparativos, na Terra, o recorde do cristal é pouco mais de 3 mil quilates.
Embora a chuva de diamante já tenha sido descoberta em pesquisas anteriores, a novidade sobre a abundância do fenômeno na galáxia é resultado de um método inédito que adicionou níveis de oxigênio em um material nada exótico: o mesmo tipo de plástico de garrafas PET.
“O [plástico] PET tem um bom equilíbrio entre carbono, hidrogênio e oxigênio para simular a atividade em planetas de gelo”, disse Dominik Kraus, físico da Universidade de Rostock (Alemanha), em comunicado oficial.
No experimento, o material foi eletrocutado por um laser óptico de alta potência para simular as temperaturas e pressões atmosféricas desses planetas. Através dessa intervenção, os pesquisadores observaram uma acelerada cristalização do carbono, formando diamantes.
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