Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, os números trazidos pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), no último dia 16, “…mostra que o país continuou com a recuperação econômica após o pico de casos de covid de 2020, que fechou parte das atividades econômicas no país”. (grifo meu)
Não é bem assim Ilustre Ministro.
Recentemente escrevi sobre um “Horizonte Promissor”, e de fato acredito nisso, mais pela intrepidez dos Empresários e Poder Público Municipal do que pelas ações do Governo Federal.
De acordo com a ultima publicação do CAGED, o Brasil abriu 260.353 vagas de emprego com carteira assinada no mês de janeiro, o que representa uma variação de 0,66% em relação ao mês anterior.
Depois da Industria, o segundo melhor desempenho foi o setor de serviços com saldo de 83.686 empregos formais. Sua grande maioria na área imobiliária, atividades financeiras, comunicação, entre outros.
Os números foram positivos em todas as regiões do País.
Importante, entretanto, levar em consideração que os números relativos a janeiro deste ano são fruto da confiança do mercado econômico na transição 2020/2021.
No ano de 2020 ainda vigia o auxilio emergencial e algumas ações voltadas à manutenção de vagas no mercado formal de trabalho.
De lá para cá muitos foram os fatores que apontam para um provável “falso positivo”, nos números apresentados.
Durante essa transição, há que se levar em conta as incertezas a respeito do “novo auxilio emergencial”, após praticamente 90 dias, foi divulgado retornará no inicio de abril.
Outra agenda a se considerar é o cronograma de vacinação. É flagrante a falta de um mínimo gerencial para conter a crise. Não se consegue cumprir um cronograma de entrega de vacinas aos Estados e Municípios.
E aqui o ponto chave, a garantia da população imunizada é a garantia de um mercado confiante, e um mercado confiante é a garantia de emprego, renda e, sobretudo, dignidade.
E esse hiato, essa letargia do Governo Federal, certamente farão compor, no futuro próximo, números não tão positivos. Não é pessimismo, é lógica.
Em meio a todo esse cenário trágico, de falsos positivos, além da Fé, resta-nos acreditar na força do Agronegócio, da Industria e de todos os demais setores da economia, além do esforço dos Prefeitos e de seus Munícipes para a manutenção da economia.
O Brasil só é porque os Municípios “são”.
Luciano Silva Martins
Advogado, Professor e
Diretor Presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande/MS – FUNSAT
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