Falta de ferro pode sinalizar câncer de intestino, alertam médicos

Gastroenterologistas norte-americanos sugerem que os médicos estejam mais atentos aos exames de ferro de seus pacientes para que consigam detectar casos de câncer colorretal antes da fase avançada.

O crescimento da incidência de câncer colorretal ou de intestino entre pessoas mais jovens foi um dos principais assuntos do encontro anual do Colégio de Gastroenterologistas (ACG) dos Estados Unidos, realizado na Filadélfia no início desta semana.

Segundo dados apresentados pelo gastroenerologista Yazan Abboud, da Rutgers New Jersey Medical School, desde 2000, a mortalidade por câncer colorretal nos EUA entre jovens vem aumentando cerca de 1% ao ano.

Em outros países, como o Brasil, essa tendência também se verifica e os hábitos de vida, especialmente a alimentação, têm sido citados como a causas do crescimento.

“Nossas descobertas reforçam a necessidade de melhorar o rastreamento do câncer de intestino em pacientes mais jovens com o objetivo de melhorar a detecção precoce. É preciso investir em colonoscopias de triagem e em vigilância, mas também pensar em sinais precoces”, afirmou Abboud, durante o encontro.

Ferro e câncer de intestino

Os médicos sugeriram que a deficiência de ferro sirva de sinal de alerta, junto com outros sintomas, para o início de exames mais detalhados que verifiquem a possibilidade de câncer de intestino.

O papel exercido pelo nutriente em relação aos tumores cancerígenos vem sendo bastante pesquisado. As evidências até aqui são de que uma alimentação com muita quantidade de ferro favorece a formação de tumores, mas, conforme o câncer avança, a situação muda. Com o passar do tempo, os pacientes com câncer costumam apresentar anemia – doença provocada pela falta de ferro, que surge como uma consequência da dificuldade de absorção do mineral no corpo.

Fonte: Metrópoles