Os hospitais de campanha de todo o País deverão ter ao menos um aparelho de ECMO, equipamento de oxigenação que dá suporte para a recuperação dos pulmões, para auxiliar os pacientes graves a se recuperarem da covid-19. A disponibilização dos chamados pulmões artificiais está prevista em um projeto de lei apresentado nesta sexta-feira, dia 23, pelo deputado federal Francisco Júnior (PSD-GO) na Câmara dos Deputados (PL 1514/2021)
“Com a urgência de disponibilizarmos tratamentos que aumentem as chances de recuperação dos pacientes graves, percebemos que a terapia com o ECMO, o chamado pulmão artificial, passou a ser mais utilizada, mas ainda de forma muito restrita, em hospitais particulares. Em um momento como este de crise, o poder público precisa agir para garantir o acesso também de quem não possui condições para custear esse tratamento, que custa em torno de 5 a 10 mil por dia em Goiânia”, afirma o deputado.
A proposta do deputado goiano prevê a aquisição dos aparelhos com recursos do Fundo Nacional de Saúde e que os equipamentos continuem com os Estados após a crise causada pela pandemia da covid-19. “O investimento no tratamento se pagará pela experiência, o know-how técnico que vamos adquirir com a maior utilização dessa nova terapia e ao verificarmos que estamos adquirindo equipamentos que continuarão a ser utilizados depois que sairmos dessa situação de emergência. O tratamento com o ECMO é importante nas síndromes respiratórias agudas graves e esse tipo de terapia já é bastante utilizada nos casos de disfunção pulmonar severa”, afirma Francisco Júnior.
O projeto de lei determina ainda que a escolha pelo tratamento cabe exclusivamente à equipe médica e a expectativa é que, como trata de uma ação ligada ao enfrentamento da emergência de saúde pública, tenha uma tramitação rápida no Congresso. “A disponibilização de ao menos um equipamento nos hospitais de campanha garante um pouco mais de isonomia e gera uma grande possibilidade de salvarmos mais vidas. A destinação dos recursos precisa ser vista sobre essa ótica, de que para salvar vidas não devemos encarar as pessoas meramente como números, mas entendendo que é um investimento primordial para conseguirmos sair dessa pandemia”, destaca Francisco Júnior.
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