Os fungos do gênero Mucor costumam estar presentes no solo e também, em menor quantidade, no ar. Normalmente, não causam doenças. Mas, quando a pessoa está com baixa imunidade, o fungo pode se reproduzir de forma mais agressiva e levar à mucormicose, uma doença que ataca os pulmões, a pele, os olhos, os ossos do rosto e o sistema gastrointestinal. Ela é muito rara (1,7 caso a cada milhão de habitantes, segundo um levantamento feito nos EUA nos anos 1990), mas chamou atenção em maio, com o surgimento de uma onda de mucormicose em pacientes de Covid-19 na Índia.
Naquele momento, havia aproximadamente 500 casos no país. Agora, um mês depois, o número de infectados cresceu 6.000%: são 31.216, com 2.109 mortes. A mucormicose não é diretamente transmissível de uma pessoa para outra, mas pode passar de forma indireta. Em 2014, cinco crianças morreram da doença em um hospital pediátrico na Louisiana (EUA). O fungo havia sido transmitido, como se constatou depois, por esporos presentes nos lençóis dos pacientes infectados. A doença só acontece, vale repetir, se a vítima estiver com imunidade baixa. Em situações normais, o fungo não é patogênico.
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