Governo confirma caso de sarampo em menino de 6 anos. Saiba riscos

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nessa segunda (24/1) que um menino de 6 anos, residente de Itaboraí (RJ), foi diagnosticado com sarampo. O caso, ocorrido em outubro do ano passado, foi divulgado nesta sexta (28/2) e é o primeiro registrado no Brasil desde 2022 sem ser importado de pessoas que estiveram em outros países.

O caso é raro, já que o menino tinha o esquema vacinal de duas doses da tríplice viral completo quando foi infectado. A proporção de incidências deste tipo é muito baixa, já que o imunizante é capaz de reduzir em 98% a ocorrência de infecções.

Brasil deixa de ser país livre do sarampo?

A criança, que não tinha histórico de viagem ao exterior ou fonte de infecção identificada, desenvolveu a doença mas se recuperou bem. Apesar do episódio, pessoas próximas ao menino não foram infectadas.

O Brasil é considerado um país livre do sarampo desde novembro de 2024. Apesar do caso, segundo a pediatra Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o status não está ameaçado.

“A vigilância de saúde fez o seu trabalho. Ao identificar a suspeita, aplicou as ações de bloqueio e evitou a transmissão, ou seja, esse indivíduo teve o sarampo mas ficou ali, então não foi classificada uma circulação do vírus na região. Por isso mantemos o status. Agora, é fundamental que a cobertura vacinal permaneça alta e a vigilância sempre atenta para evitar reaparecimentos”, explica Flávia.

Vacinas não deveriam proteger?
A pediatra explica que a vacina possui uma taxa de falha de 2%, considerada baixa, e que episódios de infecção como o do menino fluminense são raros. “A forma de impedir que o vírus retorne é manter coberturas altas, protegendo não apenas indivíduos, mas toda a comunidade”, afirma.

No Brasil, a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, é oferecida gratuitamente pelo SUS. A primeira dose é aplicada aos 12 meses, e a segunda, aos 15 meses. Apesar dos avanços, a cobertura vacinal ainda precisa melhorar para evitar novos surtos.

Fonte: Metrópoles