Homem que cegou os pilotos com laser na hora do pouso pega dois anos de cadeia

Na semana passada, o americano Nicholas James Link, de 43 anos, de Rochester, Minnesota, foi sentenciado a dois anos de prisão pelo juiz do Tribunal Distrital William M. Conley, após se declarar culpado da acusação de apontar um laser para uma aeronave em manobra de pouso.

No dia 29 de outubro de 2021, pilotos da Delta Air Lines relataram aos controladores de tráfego aéreo do Aeroporto Internacional de Minneapolis – Saint Paul (MSP) que haviam sido atingidos por um laser. Eles estavam pilotando um Airbus A319 em um voo comercial proveniente de Raleigh-Durham quando, a uma altitude de 9.000 pés e a oeste de River Falls, a cabine foi iluminada três vezes por um laser azul.

Isso afetou momentaneamente a visão dos pilotos, que não conseguiram olhar para seus iPads e continuar a aproximação para pouso. Numa nova tentativa, eles aterrissaram com sucesso. A princípio, o copiloto não teve nenhuma alteração posterior na visão, mas o comandante disse que a visão em seu olho direito foi afetada por várias horas após o evento.

O controle de tráfego aéreo chamou uma aeronave da Patrulha do Estado de Minnesota para investigar. Os pilotos da Patrulha Estadual circularam a área e também foram atingidos por um laser azul. Eles usaram o equipamento de vigilância da aeronave para identificar o suspeito, coordenar com a polícia local e manter uma visão do réu até que os oficiais em solo o prendessem.

O piloto do voo da Delta Air Lines deu seu depoimento ao Tribunal. O comandante, com mais de 25.000 horas de voo registradas, descreveu que a cabine foi repentinamente iluminada por uma luz azul brilhante. Ele observou que a aproximação ao aeroporto é considerada uma fase crítica de qualquer voo, com alta carga de trabalho. Ele também explicou que um pequeno erro durante esse momento crítico poderia ter resultado em consequências catastróficas.

O homem alegou que estava apontando o laser para um drone e que não acreditou que fosse uma aeronave porque ficou muito imóvel, mas a desculpa não colou.

Na sentença, o juiz Conley declarou que o réu não acreditou que apontar um laser para uma aeronave fosse perigoso, mas comentou que a ameaça à segurança da tripulação e de todos os passageiros a bordo é frequentemente relatada nos noticiários. O juiz também mencionou uma prisão em 2017 em que o réu iluminou e apontou uma lanterna portátil nos olhos do policial que o prendeu.

A acusação contra Link foi o resultado de uma investigação conduzida pela Patrulha do Estado de Minnesota, Departamento de Polícia de River Falls e Federal Bureau of Investigation. A acusação do caso foi conduzida pelo procurador assistente Corey Stephan.

Fonte: Aeroin