Dos três pacientes internados após ingerirem a planta tóxica conhecida como “falsa couve” em Patrocínio, no Alto Paranaíba, Minas Gerais, um idoso saiu do coma, uma mulher está em estado gravíssimo com lesão cerebral, e o terceiro permanece em coma induzido. É o que diz o boletim médico divulgado hoje (12) pela secretária de Saúde do município, Luciana Rocha. Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para ficar em observação, já que não ingeriu a planta.
A intoxicação ocorreu na quinta-feira (9) durante um almoço em família em uma chácara. O vegetal foi colhido no próprio terreno e servido refogado na refeição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve, devido à semelhança com o vegetal.
Planta considerada comum é altamente tóxica
A Nicotiana glauca, também chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou popularmente como ‘fumo bravo’ , é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil. De acordo com a professora Amanda Danuello, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte.
A especialista alerta que o modo de preparo também influencia na gravidade da intoxicação.
“Ela é bastante comum em áreas rurais, em todo o Brasil, na beira de estradas. Então, infelizmente, ela é bem comum e facilmente confundida com a couve. Dependendo da forma que ela consome, seja crua, se cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves”, explicou.
Em casos de ingestão da ‘falsa couve’, não existe nenhum tipo de antídoto que possa ser administrado em casa. A indicação é procurar imediatamente atendimento médico, pois quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de evitar complicações graves da intoxicação.



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