Uma ocorrência bastante séria foi registrada a bordo de um Boeing 787, ontem (04), envolvendo uma das janelas automatizadas da aeronave, que aparentemente se superaqueceu, terminando queimada.
Neste modelo de avião, quando o passageiro deseja “fechar” sua janela, ele não tem à sua disposição a tradicional pestana que existe na maioria dos aviões, que pode ser levantada ou abaixada conforme a necessidade. O que existe é um controle por botões, em que é possível escurecer ou clarear a janela.
O princípio é o da dimerização, termo geralmente utilizado para classificar o controle da intensidade de uma luz, como as lâmpadas que são usadas por quem deseja regular a intensidade da iluminação de um ambiente.
No caso deste tipo de janela, há um gel acondicionado entre duas camadas de outro material, e uma corrente elétrica através do gel é controlada pelo passageiro, levando à mudança da capacidade de passagem da luz.
Além do próprio controle individual do passageiro, as janelas também são controladas à distância pela tripulação, de forma que é possível comandar o escurecimento ou clareamento de todas elas a qualquer momento.
No caso do incidente em voo desta última terça-feira, a aeronave envolvida foi o Boeing 787-8 registrado sob a matrícula SP-LRA, operado pela companhia polonesa LOT Polish Airlines.
Segundo relato recebido pelo The Aviation Herald, o jato realizava o voo LO-98 de Seul, na Coreia do Sul, para Varsóvia, na Polônia, com 180 pessoas a bordo, e já estava descendo em direção ao destino quando a tripulação percebeu um cheiro de queimado a bordo e solicitou serviços de emergência em prontidão para pouso.
A tripulação posteriormente declarou “Mayday” – uma chamada de socorro na frequência de comunicação usada para sinalizar uma emergência com risco de vida-, e continuou o mais rápido possível para o pouso, que foi completado de forma segura pela pista 11 de Varsóvia.
É importante ressaltar que a janela é composta de várias camadas, portanto, mesmo com o aparente derretimento da camada dimerizável, não houve abertura do ambiente interno da cabine para o exterior. A situação de emergência se deu por conta do risco de haver um início de incêndio a bordo.
A aeronave voltou ao serviço cerca de 22 horas após o pouso, já que a substituição de janelas ou de camadas de janela é um processo relativamente simples e rápido.
Fonte: Aeroin
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