Uma jornalista americana foi desmentida em público após afirmar que um contrato seria cancelado por Trump assim que ele assumisse a presidência. A afirmação foi realizada por Lydia Moynihan, jornalista do New York Post e comentarista na FOX News.
Ela afirmou em seu Twitter que fontes afirmaram que o presidente eleito Donald Trump conversou com Jim Taiclet, CEO da Lockheed Martin, sobre um contrato fechado no mês passado (novembro) no valor de US$ 1 trilhão e que supostamente seria cancelado pelo novo presidente americano.
Segundo ela afirmou, a fonte disse que “a China está ganhando a corrida por caças enquanto a Lockheed envia seus executivos para treinamento de Diversidade, equidade e inclusão”.
Rapidamente, a Lockheed Martin respondeu e retweetou a jornalista, afirmando que se trata de um reporte falso. A fabricante dos caças F-35, maior empresa de defesa do mundo, não deu outros detalhes.
O último contrato assinado com o Pentágono foi fechado em 2022, e cobria três lotes (15, 16 e 17), compreendendo 398 caças, não apenas para a Força Aérea, Fuzileiros e Marinha Americana, mas também para países estrangeiros.
O valor total deste contrato é de US$ 30 bilhões de dólares, número muito abaixo do US$ 1 trilhão reportado por Lydia, e ainda mais discrepante considerando que o lote deste contrato é um terço maior e inclui aeronaves de forças estrangeiras, logo, que não serão pagas pelo contribuinte americano, mas simplesmente precisam do aval de Washington.
A afirmação de que a China está à frente na competição de caças também não tem embasamento técnico, considerando que o concorrente chinês direto do F-35, que é o J-35A, está ainda em fase de desenvolvimento e até o momento não tem nenhuma tecnologia que o caça americano tenha, e principalmente, o F-35 já tem mais de 1.000 unidades produzidas e voando, dando uma larga vantagem aos EUA e seus aliados ao menos na próxima década.
O que pode acontecer é de Trump tentar renegociar o contrato, já que ele é crítico de alguns programas militares, e integrantes do seu futuro governo, incluindo o bilionário Elon Musk, são críticos diretos do programa F-35, que para eles é um grande desperdício de dinheiro “em um campo de batalha que drones fazem a mesma coisa e não estão com ninguém a bordo”, ignorando o fato de que nenhum drone consegue ao menos carregar as armas que qualquer caça moderno voa normalmente.
Fonte: Aeroin
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