Um adolescente da Virgínia, nos Estados Unidos, começou uma campanha para que as pessoas usem menos os vapers. Draven Hatfield, 19 anos, foi diagnosticado com a capacidade pulmonar de um indivíduo que fumou pelo menos três maços de cigarro por dia durante 30 anos ou de um idoso que foi tabagista regularmente durante toda a vida.
O jovem conta que começou a fumar aos 13 anos, escondido dos pais e aos fins de semana, para seguir a moda do momento. Porém, logo acabou se viciando e passou a usar o cigarro eletrônico diariamente. O consumo intenso chegou a impedir que Draven seguisse com seu sonho de ser músico e cantor.
O americano foi internado pela primeira vez aos 17 anos. Nos dois anos seguintes, seriam mais quatro hospitalizações para lidar com colapsos pulmonares que o impediam de respirar. Na última internação, em fevereiro de 2022, ele precisou de ventilação artificial para sobreviver. Draven também teve que passar por uma cirurgia de emergência para a retirada de bolhas de ar aprisionadas em seus pulmões.
O jovem fez tratamento com adesivos de nicotina, e não fuma mais. Ainda assim, ele conta, em entrevista ao Daily Mail, que continua sentindo dores terríveis como consequência do vício.
Os riscos do uso de vape são semelhantes aos do cigarro convencional. Além da fadiga e dificuldade de respirar, o hábito de fumar aumenta em 100% o risco de hipertensão e em 80% o risco de infarto, além de aumentar a incidência de cânceres, prejudicar a fertilidade e causar refluxo.
Até os cigarros eletrônicos que não contêm nicotina podem oferecer riscos graves à saúde. Muitos dos produtos possuem, em sua fórmula, substâncias sem comprovação científica de segurança. Uma delas é o glicerol, presente em quase todos os vapers, e que já foi apontado em estudos iniciais como provável causador de pneumonia.
Fonte: Metrópoles
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