Outdoors espalhados por Palmas, em agosto de 2020, passaram a ser alvo de inquérito policial depois de um ofício assinado pelo ministro da Justiça, André Mendonça. As publicações espalhadas pela capital do Tocantins diziam “Bolsonaro não vale um pequi roído”, que o presidente “mente”, entre outras frases contrárias ao chefe do executivo e que criticavam, sobretudo, as políticas de combate à pandemia adotadas pelo Governo Federal até então.
A investigação criminal veio à tona na segunda-feira (15) depois que o Jornal do Tocantins publicou detalhes do processo administrativo que, até então, corria em segredo. Fontes ligadas ao ministério confirmaram a informação ao Correio nesta quinta-feira (18).
No documento, cujo assunto é “Suposto crime contra a honra do presidente da República”, há uma ordem direta do ministro para que o diretor-geral da Polícia Federal inicie a investigação “com vistas à imediata apuração do crime”. Apesar disso, o mesmo ofício cita, logo no parágrafo anterior, que a PF apresentou parecer contrário à abertura do inquérito, assim como o Ministério Público Federal.
Segundo informações do portal Uol, que acessou o documento completo da investigação, a Diretoria de Inteligência Policial da PF (DIP-PF) tomou o depoimento dos investigados em janeiro deste ano por videoconferência. Eles são o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, de 36 anos, e o microempresário Roberval Ferreira de Jesus, de 58. A diretoria ainda monitorou o perfil de Tiago Rodrigues no Twitter e anexou diversas postagens ao inquérito.
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