Proposta entregue pela entidade ao presidente do Poder Legislativo visa fortalecer a parceria entre os Poderes Públicos e a OCB-GO, visando o incentivo da atividade cooperativista e o seu desenvolvimento em todo o estado
Atuando em defesa do fortalecimento da economia e do setor produtivo goiano, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), discutiu a proposta da Nova Política Estadual do Cooperativismo com o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/GO), Luís Aberto Pereira, durante reunião realizada no último dia 24, na Casa de Leis. Entre os principais objetivos da propositura entregue ao chefe do Poder Legislativo, está a elaboração da lei que institui o Conselho Estadual do Cooperativismo (Cecoop) e a consolidação de parcerias públicos-privadas voltadas para a retomada econômica e geração de emprego e renda no âmbito estadual.
Ressaltando a importância da iniciativa, sobretudo, diante dos impactos provocados pela pandemia da Covid-19 em diversos setores da economia, o presidente do Legislativo goiano salientou que ampliará a discussão da proposta junto aos demais parlamentares e que atuará em parceria com a OCB-GO para a valorização e incentivo da atividade cooperativista no estado. De acordo com Lissauer, é fundamental que nesse momento de retomada econômica os poderes públicos e privados estabeleçam, em conjunto, diretrizes que fomentem o desenvolvimento socioeconômico de Goiás e que, ao mesmo tempo, aprimorem o trabalho e a distribuição de renda através do cooperativismo.
“Sabemos da força da atividade cooperativista e a importância que esse sistema tem em nossa sociedade. Vejo que esse projeto contribuirá significativamente para o fortalecimento da nossa economia, especialmente, neste momento de retomada, além de possibilitar também que o cooperativismo seja pauta de ensino nas escolas, garantindo ainda a participação das cooperativas em licitações e autarquias do estado de forma igualitária. Vamos debater essa proposta e trabalhar junto à OCB para que as cooperativas goianas continuem ampliando sua atuação e levando melhores oportunidades para todos”, disse Lissauer.
O presidente da OCB/GO, Luís Aberto Pereira, também destacou os resultados positivos que o projeto trará para o sistema cooperativista e, sobretudo, para o desenvolvimento sustentável em Goiás. “Essa proposta contempla um modelo mais inclusivo, disposto a atender aos anseios da sociedade goiana, promover as conexões e parcerias necessárias para efetivar ações e políticas públicas que propiciem às cooperativas cumprirem seu papel no desenvolvimento sustentável, por meio da economia colaborativa, do empreendedorismo coletivo e da autogestão”, explicou.
Política Estadual do Cooperativismo
O Projeto de Lei que institui a “Nova Política Estadual do Cooperativismo” visa revogar integralmente os dispositivos da Lei Estadual nº 15.109, de 2 de fevereiro de 2005, com a finalidade de fortalecer a parceria entre a OCB-GO e o Governo do Estado na retomada econômica para geração de emprego, trabalho e distribuição de renda por meio do cooperativismo.
A proposta também tem como finalidade o conjunto de atividades exercidas pelo Poder Público e Privado que venham a beneficiar direta ou indiretamente todos os ramos do setor cooperativista na promoção do desenvolvimento social, econômico e cultural, reconhecido seu interesse público, nos termos do § 3º do art. 136, da Constituição do Estado de Goiás, além de estimular o cooperativismo por meio de diretrizes específicas.
O PL visa ainda instituir o Conselho Estadual do Cooperativismo – CECOOP, órgão colegiado, vinculado à Secretaria de Estado da Retomada ou outra que vier substituí-la ou incorporá-la, de caráter permanente, paritário e deliberativo, com funções de formular estratégias e definir as políticas públicas a serem adotadas pelo Estado em prol do desenvolvimento das cooperativas no Estado.
Além do mais, a proposta apresentada ao presidente da Alego também propõe a inclusão do estudo da disciplina e prática pedagógica do cooperativismo nas escolas estaduais de ensino por meio de programações educacionais ou atividades sociais em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás – OCB-GO e com as sociedades cooperativas, afim de estimular a prática do cooperativismo e do empreendedorismo.
OCB-GO
O Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/GO) é a entidade que atua na representação, defesa e desenvolvimento do cooperativismo no âmbito do Estado de Goiás. Constituída em 2 de outubro de 1956, a entidade completa seus 65 anos de existência defendendo os interesses políticos e socioeconômicos do cooperativismo no Estado, por meio da mobilização de ações e recursos que promovam o desenvolvimento das sociedades cooperativas e da prestação de serviços de suporte administrativo, técnico e logístico, de natureza sindical e organizacional.
A entidade representa, atualmente, mais de 261 cooperativas, em todos os sete ramos de atividades (agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho e transporte), as quais possuem em seu quadro mais de 301 mil cooperados, gerando quase 13 mil empregos diretos, alcançando uma receita de R$ 14,26 bilhões e recolhendo mais de R$ 395 milhões em tributos em 2020. Estima-se que 1,2 milhão de pessoas estão ligadas ao cooperativismo em Goiás, entre cooperados, empregados e núcleos familiares.
A OCB/GO também congrega e defende os interesses políticos e socioeconômicos do cooperativismo no Estado, por meio da mobilização de ações e recursos que promovam o desenvolvimento das sociedades cooperativas e da prestação de serviços de suporte administrativo, técnico e logístico, de natureza sindical e organizacional. A OCB/GO busca ser um elo entre as cooperativas, sem visar para si interesses político-partidários ou econômicos.
Relacionadas
Musk chega a Pequim e diz que ‘todos os carros serão elétricos no futuro’
Indivíduos dissimulam carga de frutos do mar para roubar 400 kg de ouro em aeroporto canadense
Atriz Samara Felippo pede expulsão de alunas após filha sofrer racismo