Segundo um grupo iraniano de Direitos Humanos (IHR), pelo menos 488 pessoas foram executadas pelas forças de segurança iranianas, como resposta aos protestos que vem ocorrendo no país. O Irã fala em um número menor de mortos, colocando 300 pessoas ao todo, e colocando entre ele soldados que morreram nos protestos. Um general da Guarda Revolucionária Iraniana falou que “mais de 300 mártires e pessoas” foram mortas durante os protestos.
Segundo a ONG iraniana, das 488 pessoas mortas, 60 eram crianças. De acordo com a organização não-governamental, 16 pessoas foram mortas apenas na semana passada, das quais 12 foram mortas em áreas de maioria curda. As áreas habitadas por curdos do Irã têm sido os principais locais de agitação. A própria Amini veio da cidade curda de Saqez, no oeste do Irã. “Os números são mínimos e incluem apenas casos verificados pelos Direitos Humanos do Irã”, disse a organização.
Além da região curda, áreas habitadas pela minoria Baloch também foram alvo de repressão, disse o diretor do IHR, Amiry-Moghaddam. O maior número de mortes foi registrado na província de Sistan-Baluquistão, de maioria balúchi, no Sudeste, onde 128 pessoas foram mortas. “Não tenho os números mais recentes, mas acho que tivemos talvez mais de 300 mártires e pessoas mortas”, disse o brigadeiro-general Amirali Hajizadeh em um vídeo publicado pela agência de notícias semioficial do Irã, Mehr. Entre os mortos estavam alguns dos “melhores filhos do país”, disse o general da Guarda Revolucionária, acrescentando que “todos no país foram afetados pela morte [de Amini]”.
O número citado pelo general incluiria manifestantes mortos na repressão e policiais, soldados e Guardas Revolucionários, indo contrário ao discurso da ONG. Hajizadeh reiterou a alegação oficial de que os protestos foram fomentados por inimigos do Irã, incluindo países ocidentais e a Arábia Saudita, sem fornecer provas. Após a morte da jovem curda Mahsa Amini, os protestos ganharam adeptos pelo país, ela teria sido detida por supostamente não estar usando o véu, no Irã o código de vestimenta é rígido e as mulheres são retidas e levadas para um centro de estudos sobre o uso do véu.
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