O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presta neste momento seu depoimento à CPI da Pandemia, no Senado. O médico cardiologista, que tomou posse no dia 23 de março, é o terceiro a depor na comissão, que iniciou os trabalhos na terça-feira, 4.
Já foram ouvidos pelo colegiado os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Também será ouvido nesta quinta-feira, 6, o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.
Queiroga vai ser questionado sobre o cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19 e também sobre a “incoerência” entre o que o ministério prega e as ações e postura do presidente Jair Bolsonaro.
Logo no início de seu depoimento, o ministro da Saúde afirmou que a “solução para a pandemia é a campanha de vacinação”.
“A solução para o problema da pandemia é a campanha de vacinação. Precisamos vacinar a nossa população. A vacina contra a Covid-19 é uma resposta da ciência”, disse. Segundo ele, o Brasil distribuiu mais de 77 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus para estados e municípios. “Isso faz do Brasil o quinto país que mais distribui doses”.
Ele defendeu exaltou as ações do novo chanceler Carlos França, em especial a negociação com organismos multilaterais e com outros países para a obtenção de vacinas e insumos. França substituiu Ernesto Araújo em abril, que saiu após muitas críticas por promover uma diplomacia ideológica, com ataques à China e a organizações internacionais.
Queiroga também pediu um “voto de confiança”, para que o trabalho do Ministério da Saúde possa ser “continuado e aprimorado”.
Respostas evasivas
Questionado pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre uso atual da hidroxicloroquina, Queiroga foi evasivo e se recusou a responder se concorda com o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro em defesa do remédio, comprovadamente ineficaz no tratamento do novo coronavírus. Queiroga afirmou que esta é uma “questão técnica”.
Irritado com as respostas evasivas de Queiroga, o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), subiu o tom contra o ministro da Saúde.
“O senhor não entendeu sua posição aqui”, disse o senador “O senhor é testemunha, tem que dizer sim ou não. Senão vamos encerrar a sessão agora, nem vamos continuar”.
Também irritado e sem resposta objetiva, o relator passou para a próxima pergunta.
Relacionadas
Natal do Bem 2024 tem horário especial nas vésperas de Natal e Ano Novo
Policiamento Rodoviário intensifica ações no fim de ano em Goiás
Procedimentos com mulheres sedadas terão de ser acompanhadas por funcionárias