O cartunista Jorge Braga, de 68 anos, morreu hoje (1º), considerado um dos principais ilustradores do Brasil. O falecimento foi confirmado pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás (Sindjor-GO), Cláudio Curado Neto. Prima de Jorge, Maria José Braga contou que ele estava em tratamento devido um câncer de pulmão há cerca de oito meses. Antes do câncer, o cartunista já havia sido diagnosticado com enfisema pulmonar.
Com 53 anos de carreira, o ilustrador passou por diferentes redações de jornais em Goiânia. Começou o ofício aos 13 anos, em um jornal escolar, quando começou por intuição a profissão de uma vida inteira. Sua estreia como cartunista foi no jornal goiano Cinco de Março, em 1972, trabalhou no Jornal Opção e atualmente produzia charges para o Jornal O Popular.
O nome dele foi eternizado na Gibiteca Jorge Braga, unidade da Secretaria de Cultura de Goiás (Secult), que há mais de 30 anos é referência em incentivo à leitura de quadrinhos. O espaço é gratuito e conta com um acervo de 17 mil títulos. A Gibiteca foi uma homenagem ao cartunista goiano, um dos produtores de histórias em quadrinhos no estado.
Legado marcante para a história de Goiás
Nas redes sociais, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), lembrou que o cartunista foi “um artista que, como poucos, retratou com humor e crítica refinados os principais acontecimentos das últimas cinco décadas; da política ao esporte, passando pela cultura e comportamento”.
“Embora não fosse goiano de nascimento (era natural de Patos de Minas), Jorge Braga há muito se consolidou como uma das maiores personalidades culturais da história de Goiás”, destacou Caiado.
Em nota, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), lamentou a morte e se solidarizou com familiares e amigos de Jorge.
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás) também se pronunciou e manifestou profundo pesar pelo falecimento de Jorge. De acordo com o órgão, o cartunista é uma referência no cenário das artes gráficas e da cultura popular e deixa um legado marcante para o estado.
“Seu talento se refletia nas charges, que traduziram com sensibilidade e crítica a realidade brasileira”, reforçou o texto.
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