A mulher que acusa Daniel Alves de ter cometido violência sexual contra ela revelou ter ficado em “estado de choque” durante os 17 minutos em que esteve trancada no banheiro da boate com o jogador. As informações são do programa En Boca de Todos, da TV espanhola, que teve acesso ao depoimento.
O caso aconteceu em uma luxuosa casa noturna de Barcelona, no dia 30 de dezembro. A jovem, que não teve a identidade revelada, deu detalhes da noite, antes, durante e após ter sido violentada.
Acompanhada da prima e de uma amiga, a jovem relatou ter ido até a mesa de Daniel, sem saber que ele era uma figura pública.
“Lembro que ele pegou minha mão e colocou sobre as partes íntimas dele. Ele me disse novamente para sair, e eu disse que não. Comecei a ficar com muito medo e pensei: e se ele colocar alguma coisa na minha bebida? E se ele fizer algo com minhas amigas? Pensei em tudo na hora”, disse a mulher.
Após muita insistência do brasileiro, a jovem aceitou acompanhar o lateral-direito, mas sem saber para onde ele a estava levando.
“Naquele momento, eu disse: ‘Com certeza é uma porta para a rua, ou é uma área VIP, ou outro espaço da discoteca'”, contou.
A mulher que acusa Daniel Alves disse que, no momento em que entrou no banheiro, “foi quando começou o choque”. Ela afirmou ter tentado abrir a porta para sair, mas o brasileiro já a havia trancado.
Os dois ficaram nesse espaço por 17 minutos, e a jovem deu os detalhes sórdidos vividos com Alves. “Ele me colocou no chão, lembro que fiquei em estado de choque, não sabia o que fazer ali”, declarou.
A prima da mulher, que é uma das testemunhas-chave do caso, contou à investigação que também foi assediada pelo brasileiro.
“Ele me agarrou de um jeito meio grudento, segurou meu rosto e acariciou meu cabelo. Ele começou a tocar nas minhas costas e desceu a mão até a minha bunda”, detalhou.
A prima, inclusive, foi a primeira pessoa a encontrar a vítima após a violência sexual. Ela estava chorando em um armário da boate.
“Ela me contou que ele [Daniel Alves] a tinha machucado muito e que tinha ejaculado dentro do corpo dela, que queria ir embora. Nos disseram que tinham que ativar o protocolo. Ela não queria denunciar”, revelou.
Sem a data do julgamento, o brasileiro, de 40 anos, continua detido preventivamente no Centro Penitenciário Brians 2, próximo de Barcelona. A defesa do atleta já fez uma série de pedidos de liberdade provisória, que foram seguidamente rejeitados pela Justiça espanhola.
Fonte: R7
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