Um novo estudo afirma ter encontrado uma assinatura molecular que denunciaria uma origem laboratorial para o SARS-CoV-2, o vírus causador da pandemia de Covid-19. Os autores primeiro descobriram que tipo de marca um vírus da família dos coronavirídeos teria em seu material genético ao ser manipulado em laboratório. Depois, descobriram que o novo coronavírus da pandemia tem a marca e concluíram disso que ele “é uma anomalia, mais provavelmente um produto de montagem de genoma sintético em vez de evolução natural”. O primeiro surto da doença ocorreu na cidade chinesa de Wuhan.
O material genético dos vírus, como o nosso, é uma molécula longa (chamada DNA ou RNA) que armazena informações na sequência de seus blocos construtores chamados nucleotídeos. Para mudar a informação genética, como a que leva o vírus a ser mais ou menos infeccioso em humanos, é necessário mudar a ordem da sequência desses blocos, que são de quatro tipos. Há anos, uma das técnicas mais usadas para fazer esse tipo de engenharia genética em vírus é baseada em enzimas, que são moléculas menores capazes de iniciar ou acelerar reações químicas. Especificamente, são usadas enzimas de restrição, com origem em bactérias.
As enzimas de restrição são como tesouras que cortam o material genético, mas somente em lugares específicos chamados sítios de restrição, curtas sequências de nucleotídeos em palíndromo (um palíndromo é uma palavra ou frase lida da mesma forma ao contrário, como “ovo” e “a grama é amarga” — os nucleotídeos são representados com as letras ATCG). Em suma, sítios de restrição são pontos de corte. Com os cortes, os cientistas podem remover ou inserir sequências de nucleotídeos para alterar o vírus.
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