Uma passageira da American Airlines, que comprou uma passagem de US$ 2.000, alega que lhe foi negada a entrada no voo devido à sua vestimenta. Os agentes do portão acionaram a polícia e ela se queixou de ser barrada por conta de um “código de vestimenta” que a companhia se recusou a mostrar.
A passageira insistiu para que o oficial compreendesse e reclamou que não deveria ser discriminada “apenas porque alguém se sente ofendido com suas roupas”. Um dos quatro agentes de polícia no local explicou que “eles podem recusar o embarque por qualquer motivo“, o que, na verdade, não é a regra.
As regras da American Airlines estipulam que os passageiros devem “se vestir adequadamente”, mas não fornecem orientações concretas sobre isso. Segundo tais normas, “pés descalços ou roupas ofensivas não são permitidos”. Os funcionários de linha de frente são deixados para exercitar seu próprio julgamento, que varia, e raramente os passageiros consideram que a roupa que estão vestindo é “ofensiva”, senão não estariam usando-as.
Esse desafio no cumprimento dos códigos de vestimenta é uma questão recorrente entre as companhias aéreas dos EUA. Por exemplo, a Alaska Airlines pediu desculpas após um incidente em que um agente de portão interpretou erroneamente a política da empresa e enforcou uma passageira por causa de seu vestido.
Por outro lado, a Southwest Airlines expulsou uma coelhinha da Playboy de um dos seus voos por causa de sua roupa. Esta última, aliás, é uma companhia aérea cujas comissárias de bordo costumavam usar shorts curtos, cujas máquinas automáticas de venda de passagens eram chamadas “Quickies” e cujos snacks eram “Love Bites”.
Antes da pandemia, a própria American pediu a uma mulher com curvas mais acentuadas que cobrisse seu corpo com um cobertor para embarcar no voo. E, mais recentemente, negou o embarque a uma modelo fitness turca e informou a uma ex-Miss Universo que sua roupa esportiva não era adequada para voar.
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