Um homem com deficiência obteve uma vitória na justiça da Zâmbia contra a South African Airways (SAA) depois de se sujar por não poder usar o banheiro durante um voo. Como resultado do processo, ele tentou fazer com que as autoridades apreendessem um dos aviões da companhia aérea sul-africana, relatou o site de notícias News24.
O passageiro envolvido é Joseph Moyo, um cidadão zambiano e fundador e presidente da organização de caridade The African Woman Foundation. Portador de deficiência, Moyo afirma que durante o voo precisou usar o banheiro e solicitou o uso de um equipamento especial para que pudesse fazê-lo, já que não pode andar ou mover-se sem ajuda. No entanto, ele afirma que um comissário de bordo da SAA o informou que essa cadeira não estava disponível a bordo.
Com isso, ele disse que não conseguiu se segurar e teve que se aliviar no assento. Ele afirma que os eventos foram traumáticos e lhe causaram muito estresse emocional e dor. Ele ainda afirma que, como resultado do trauma emocional, ele não foi capaz de fazer um voo de conexão de Joanesburgo para os EUA no dia seguinte e só pôde fazê-lo depois de ter permanecido em um hotel em Joanesburgo por mais três dias.
Em março de 2020, quando a SAA ainda estava em processo de resgate (espécie de recuperação judicial), suspendendo efetivamente todos os procedimentos legais contra ela, Moyo recebeu uma sentença à revelia (sem presença de um representante da SAA) contra a companhia aérea por um tribunal da Zâmbia.
Mais recentemente, um mandado de execução relacionado com a ordem judicial foi usado na tentativa de apreender o avião da SAA em 20 de dezembro de 2021, no Aeroporto Internacional Kenneth Kaunda, em Lusaka. No entanto, a tentativa de apreender o avião da SAA falhou. Uma fonte disse ao Fin24 (ligado ao News24) que os oficiais de justiça foram atrapalhados pela administradora aeroportuária zambiana.
A justiça disse que novas tentativas serão feitas para apreender uma aeronave da SAA, enquanto isso, os oficiais conseguiram apreender algum equipamento de escritório da SAA no aeroporto, incluindo – de acordo com um documento legal – computadores, um sofá, um armário, um dispensador de água, duas impressoras, um balcão e secretárias.
A SAA respondeu que recebeu a sentença à revelia e uma ordem de execução relativa a uma de suas aeronaves, mas afirmou ter conseguido obter a suspensão da execução da ordem judicial. Além disso, pretende contestar o julgamento.
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