Investigações do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal apontam que o PCC— a maior facção criminosa do país — fez um minucioso levantamento sobre os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma “missão”.
Os integrantes do PCC buscaram informações sobre os endereços das residências oficiais de ambos e rotina de entrada e saída dos parlamentares. O grupo também obteve fotos aéreas das casas e enviou emissários para Brasília para estruturar a“missão”. Até um imóvel foi locado.
O plano foi descoberto no âmbito do inquérito que desarticulou uma ação do PCC para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
As informações sobre endereços de Lira e Pacheco foram encontradas em celulares de integrantes da chamada“Célula Restrita”do PCC, considerado o grupo de elite da organização criminosa para missões consideradas estratégicas.
Integrantes desta célula, conforme as investigações da PF, chegaram a alugar um imóvel por R$ 2,5 mil ao mês, entre maio e julho deste ano. Os investigadores ainda buscam informações sobre a localização do imóvel, mas na extração de dados dos aparelhos os policiais encontraram levantamentos sobre imóveis na região da“Península dos Ministros”– região próxima da localização das residências oficiais de Lira e Pacheco.
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