O estudo Recovery, fruto de uma parceria entre o governo do Reino Unido e a Universidade Oxford, iniciou mais um braço de pesquisa, dessa vez para investigar a possível eficácia da empagliflozina no tratamento para covid-19. Esse medicamento já é utilizado para tratar diabetes tipo 2, doença renal crônica e insuficiência cardíaca. Os pesquisadores pretendem verificar se a droga é capaz de proteger os órgãos dos danos causados pelo Sars-CoV-2, o que aumentaria a chance de recuperação de pacientes hospitalizados. Sabe-se que ela inibe a ação de moléculas conhecidas como SGLT-2 —no caso do diabetes, isso ajuda a eliminar o excesso de glicose pela urina. Acontece que, durante uma infecção viral, acredita-se o bloqueio dessas moléculas ajudaria a estabilizar certas vias metabólicas, reduzir a inflamação, melhorar a função do coração e aumentar o transporte de oxigênio no sangue. Cerca de 5 mil pacientes internados com covid-19 participarão do estudo. A dosagem diária será de um comprimido de 10 mg. Além de avaliar o risco de morte, os pesquisadores querem descobrir se o medicamento diminui o tempo de internação hospitalar ou de necessidade de um ventilador mecânico.
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