Pesquisa SERPES é contestada na Justiça eleitoral de Goiás por erros grotescos

Ao olharmos atentamente para os registros das pesquisas eleitorais em Goiás é correto dizer que quase todas elas tem erros bizarros. Algumas são uma verdadeira afronta à legislação eleitoral em vigência. O Insitituo mSerpes, um dos mais tradicionais de Goiás, está sendo questionado na justiça eleitoral.

Em matéria do Jornal Opção desta sexta-feira o assunto é tratado de forma clara após um pedido de impugnação da Pesquisa Serpes. Confira!

O candidato ao governo de Goiás pelo PL, Major Vitor Hugo, entrou com representação contra a pesquisa Serpes, com divulgação prevista para o próximo dia 21. O argumento é de que há “inobservância dos elementos obrigatórios, por força de Resolução do TSE, comprometem lisura da pesquisa”.

“Sabe-se que a utilização das pesquisas como propaganda eleitoral é elemento de grande interferência na opinião dos eleitores, inclusive com possibilidade de interferência direta no resultado das eleições”, aponta a representação apresentada pelo candidato.

Entre as irregularidades verificadas pelo candidato está a ausência da origem dos valores utilizados para custear a pesquisa. Segundo o art. 2º da Resolução do TSE n° 23.600/19 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre outros requisitos, cabe à empresa contratante demonstrar a origem dos recursos, não apenas informar que são próprios.

Outro problema refere-se à ausência de indicação de fonte pública de dados utilizados, com a utilização imprecisa, incompleta e incorreta no plano amostral.

Ainda entre os argumentos para representação, está a faixa de idade estabelecida como parâmetro na pesquisa, que é de 24% de 16 a 29 anos para sua amostragem, no entanto, os dados do TSE do eleitorado divergem da amostra para até a idade de 16 a 24 anos corresponde a 14,26%.

A amostra da Serpes de 30 a 49 anos corresponde a 41% dos entrevistados. Nesta faixa os dados do TSE que mais se aproximam seriam da faixa de 25 a 44 anos e corresponde neste caso a 41,87% do eleitorado em Goiás. Ainda, a amostra demonstra o percentual de 34% de 50 ou mais anos, já os dados do TSE ao considerar a faixa de eleitores distribuídos pela idade de 45 a + 79 anos equivale a 43,88% do eleitorado goiano.

Para o candidato Major Vitor Hugo, tal distribuição favorece os eventuais candidatos com predominância entre os mais jovens em detrimento dos candidatos que tem maior predominância entre os eleitores com mais idade. “Isto descrito neste formato pode aumentar deliberadamente até 5% a favor de um grupo de candidatos e reduzir da mesma forma em até menos 5% candidatos que são preferidos pelos eleitores mais idosos”, mostra a representação.

Há questionamentos também quanto ao uso de informações sobre o grau de instrução dos entrevistados pela pesquisa. Participaram da entrevista entre os eleitores de Ensino Fundamental (37% enquanto os dados do TSE apresentam percentual de 28,18%), a Serpes deixa de estabelecer as entrevistas de quem é analfabeto e ou só lê e escreve que corresponde a 8,88%, ou 423.303 eleitores que se encontram nesta condição de instrução.

“A não participação deste importante grupo de pessoas que deve ter voz constitui-se em um vácuo que compromete a validade da pesquisa, uma vez que, em eleições passadas, já foram verificadas margens muito menores entre o primeiro e o segundo colocado”, argumenta o candidato.

O registro da pesquisa Serpes demonstra ainda nítida ausência de sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo, outra exigência para a divulgação de pesquisa, segundo o TSE.

Major Vitor hugo também questiona as informações sobre cargos pesquisados. No registro foi informado apenas governo e senador, mas no questionário apresenta o cargo de presidente. Desta forma, não atenderia à clara exigência da Resolução do TSE n° 23.600/19 que destaca a necessidade de “indicação do estado ou Unidade da Federação, bem como dos cargos aos quais se refere a pesquisa”.

CONFIRA AQUI A PETIÇÃO DO PL CONTRA A PESQUISA SERPES!

 

Com informações do Jornal Opção