Diesel deve sofrer um aumento de R$ 0,25 por litro. Já a gasolina e o etanol terão um aumento de R$ 0,10 por litro.
A vida estará mais dura e mais difícil para os basileiros a partir deste sábado, primeiro de fevereiro. A Petrobras anunciou um reajuste de mais de 6% no preço médio do diesel para distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,72 por litro a partir de sábado (1º). Este é o primeiro ajuste no preço do combustível fóssil em mais de um ano. O último reajuste foi realizado em 27 de dezembro de 2023, quando a companhia reduziu o valor do diesel em 7,9%.
O repasse do aumento do preço do diesel aos consumidores finais depende de uma série de fatores, como a cobrança de impostos, a mistura de biodiesel e as margens de lucro da distribuição e revenda. Além disso, o mercado brasileiro é abastecido por algumas refinarias privadas e importações, o que pode influenciar o repasse do ajuste.
O governo federal acredita que o impacto do aumento pode ser atenuado pela queda do dólar, o que poderia reduzir os temores de alta no preço dos alimentos. Entretanto, a partir deste sábado (1º), o preço do diesel e biodiesel deve sofrer um aumento de R$ 0,06 por litro; enquanto a gasolina e o etanol terão um acréscimo de R$ 0,10 por litro, devido ao aumento no ICMS.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou uma nota afirmando que vê com bons olhos o reajuste, embora ele não tenha zerado a defasagem do diesel em relação ao preço praticado nos Estados Unidos. A Abicom estima que o aumento no preço do diesel será de cerca de R$ 0,19 por litro, podendo chegar a R$ 0,25 por litro, quando se considerar o reajuste do ICMS. A associação ainda destaca que, nas últimas três semanas, a defasagem no preço do diesel em relação ao mercado internacional está superior a 20%.
De acordo com André Braz, coordenador de Índices de Preços do FGV IBRE, o impacto imediato do reajuste na inflação será mínimo. “O diesel pesa muito pouco, apenas 0,23%, no consumo das famílias. Isso faz com que um aumento de R$ 0,22, equivalente a 6,28%, na refinaria impacte em 0,01 ponto percentual no IPCA de fevereiro”, explicou Braz.
Apesar disso, o economista ressalta que o maior impacto será indireto, já que o diesel é utilizado em diversos setores, como o agronegócio, o transporte rodoviário e público urbano, além das termelétricas. “Esses aumentos encarecem todos esses serviços, mas não sabemos exatamente qual será o impacto real, que não será visto no IPCA de fevereiro, mas sim no custo da estrutura produtiva”, acrescentou.
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