A situação do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) se complicou de vez. Se o senador Sergio Moro (UB) teve pedido de prisão e cassação de mandato por ter feito uma piada numa festa junina envolvendo o nome do Ministro Gilmar Medes, do STF, o senador Kajuru foi muito mais além ao declarar textualmente que Gilmar Mendes ficou rico vendendo setenças. Kajuru ainda diz que Gilmar Mendes é sócio de Marconi Perillo, Aécio Neves e Beto Richa na empresa Super Frango, que é uma das maiores exportadoras de frango do mundo. Kajuru acusa Gilmar Mendes de proteger no STF os seus “amigos e sócios da Super Frango”.
Depois da repercussão política da posição da PGR em relação a Sergio Moro, vários vídeos mostrando Jorge Kajuru acusando Gilmar Mendes fizeram com que o MPF tomasse outra decisão importante. A Procuradoria-Geral da República voltou atrás do pedido de arquivamento de um inquérito para apurar ofensas de Jorge Kajuru (foto) a Gilmar Mendes.
A medida foi anunciada nesta segunda-feira (17), depois de a PGR ter pedido a prisão de Sergio Moro por alegada calúnia contra o decano do STF. A relatora do caso no Supremo será Cármen Lúcia.
O caso envolve três declarações em que o senador do PSB de Goiás usou os termos “venda de sentença” em referência a Gilmar.
Lindôra Araújo, a vice-PGR, que pedira o arquivamento do inquérito no início deste mês, alegou ter sabido só depois que o ministro do Supremo havia enviado manifestação sobre o caso à presidência da corte, no dia 19 de março.
Em sua decisão pelo “desarquivamento”, Lindôra alegou que a fala de Kajuru foi “ofensiva” e “desbordou dos limites do exercício regular do direito à liberdade de expressão constitucionalmente assegurado”.
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