O servidor exonerado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre Gomes Machado procurou a Polícia Federal, nesta quarta-feira (26), para relatar que foi demitido nesta quarta-feira (26) após levar a conhecimento dos superiores de uma mensagem recebida de uma emissora de rádio infirmando que entre os dias 7 e 10 de outubro deixou de exibir 100 inserções de propaganda eleitoral do candidato Jair Bolsonaro (PL).
O caso coincide e reforça a denúncia da campanha de Jair Bolsonaro de que o espaço de mais de 154 mil inserções de propaganda eleitoral de Bolsonaro foi ocupado pela propaganda do adversário, Lula (PT). O caso comunicado por Alexandre aos superiores foi da Rádio JM Online, de Uberaba (MG).
Ele contou ao delegado federa Carlos Castelo Paes Lima Rodrigues que foi exonerado cerca de trinta minutos depois de fazer essa comunicação à chefe de gabinete do secretário-geral da corte, Ludmila Boldo Maluf. Além de exonerado, Alexandre passou pela humilhação de ser conduzido por seguranças para fora do prédio do TSE, além de ter sido tirado dele o crachá funcional.
Alexandre Gomes Machado afirmou no depoimento que decidiu procurar a PF por temer por ter sido vítima de abuso de autoridade e pelo fato de temer por sua integridade física física. Além disso, ele disse que foi à Polícia Federal a fim de se resguardar de fatos desabonadores sobre ele “para desviar o foco” dos problemas ocorridos na fiscalização das inserções por parte do TSE.
De acordo com o depoimento à PF, desde 2018, o servidor vem informando “reiteradamente” aos superiores sobre falhas na fiscalização na veiculação de inserções da propaganda eleitoral na emissora, defendendo que essa checagem é necessária. Por isso, a receber e-mail da Rádio JM Online, decidiu repassá-lo à consideração superior por meio da chefe de gabinete do secretário-geral.
Funcionário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) desde 2010 e cedido ao TSE desde ao ano de 2014, Alexandre Machado era coordenador do Pool de Emissoras do TSE.
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