A Uber perdeu uma batalha histórica no tribunal de mais alta instância do Reino Unido, que julgou nesta sexta-feira, 19, que seus motoristas são funcionários aptos a direitos como o salário mínimo. A Suprema Corte julgou a favor dos 35 motoristas que primeiro apresentaram o caso em 2016, argumentando que eles não eram autônomos porque a Uber controlava grande parte de seu trabalho, alocando seus clientes e ditando suas tarifas. Um dos juízes da Suprema Corte, George Leggatt, afirmou que o veredicto contra a Uber foi unânime. “Os motoristas estão em posição de subordinação e dependência em relação à Uber, a ponto de terem pouca ou nenhuma habilidade para melhorar sua posição econômica por meio de capacidades profissionais ou empreendedoras”, disse ao apresentar a decisão. O veredicto garante aos motoristas o direito a férias remuneradas, assim como ao salário mínimo britânico. A decisão do tribunal representa um grande golpe para a empresa em um de seus maiores mercados. Embora as implicações imediatas práticas da decisão para os 35 motoristas da Uber ainda estejam por ser determinadas, o julgamento poderia ser aplicado a milhares de outros motoristas que preparam uma ação coletiva contra a companhia.
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