Reuters – Com acenos, sorrisos e bandeirolas, mas sem gritos, o revezamento da tocha olímpica começou nesta quinta-feira (25), iniciando uma contagem regressiva de quatro meses para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a primeira edição da competição organizada durante uma pandemia mortal.
“No último ano, como o mundo inteiro passou um período difícil, a chama olímpica foi mantida acesa de forma discreta, mas poderosamente”, disse a presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio, Seiko Hashimoto, em uma cerimônia fechada a espectadores.
“A pequena chama não perdeu a esperança, e, assim como os botões das cerejeiras que já estão florescendo, esperava por este dia”, declarou a dirigente.
Espectadores estrangeiros não poderão ir aos estádios, e ainda não está claro quantos japoneses poderão acompanhar as competições in loco.
Como os organizadores estão apresentando o evento como a “Olimpíada da Reconstrução”, em menção tanto ao desastre quanto à pandemia, os condutores da tocha desta quinta-feira incluíram muitos sobreviventes do acidente na usina nuclear de Fukushima.
“Esta cidade é onde nasci e fui criado, e nunca pensei que um revezamento da tocha seria realizado aqui”, disse Takumi Ito, de 31 anos, em Futaba, uma das cidades mais atingidas pelo desastre nuclear.
O Japão tem se saído melhor do que a maioria dos países, acumulando cerca de 9 mil mortes pelo novo coronavírus (covid-19), mas na última quarta-feira (24) Tóquio registrou 420 casos, a maior cifra diária deste mês. Pesquisas mostram que a maior parte do público é contra a realização da Olimpíada tal como programada.
Relacionadas
Milei vai suspender aposentadoria vitalícia de Cristina Kirchner
Astronauta da NASA mostra foto da Terra como nunca se viu
STF mantém condenação de Collor em caso que pode levá-lo à prisão