Dados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES) revelam que a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti transmissor das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya está concentrada nas residências. Por isso, é fundamental que os moradores façam uma limpeza aprofundada dentro e fora do imóvel, retirando todo e qualquer objeto ou utensílio que favoreça o acúmulo de água parada. Eles são ideias para a proliferação do Aedes.
Profissionais da SES destacam que os imóveis desocupados por longos períodos têm risco aumentado de abrigar focos de reprodução do mosquito. O Boletim de Dengue, nas 16 semanas epidemiológicas deste ano, aponta 50.626 notificações de casos de dengue em Goiás. O número é 68% menor que as 159.813 notificações de dengue no mesmo período de 2022.
Apesar da redução, o coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika, Murilo do Carmo, ressalta que a população não deve relaxar na adoção dos cuidados.
“Os dados da dengue ainda podem ser acrescidos, pelo fato de haver uma demora no repasse dos municípios à SES, responsável pela inclusão dos registros no sistema. E mesmo com a diminuição do número, já foram registrados, neste ano, sete óbitos em decorrência da doença”.
Principais medidas
Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo, a cobertura de cisterna e reservatórios de água. Murilo acentua que o mosquito tem a capacidade de se reproduzir nos lugares mais inusitados. Um criadouro muito comum do vetor é o recipiente de degelo das geladeiras.
“Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, informa.
Vasos de plantas e sanitários também precisam de cuidado. Além de depósitos de água de umidificadores, ralos e sifões na cozinha e no banheiro. O ovo do mosquito, em contato com água parada, leva, em média, sete dias para se transformar em mosquito adulto. Itens como tampinhas de garrafa, latas e copos plásticos podem, em pouco tempo, se tornar criadouros do Aedes.
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