O combate ao mosquito Aedes Aegypti no Setor resultou em 5.609 domicílios visitados e em mais de 3 mil pneus coletados. Focos do inseto foram encontrados em 90% dos imóveis vistoriados
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia realizou, nestes dias 7 e 8 de fevereiro, a Ação de Prevenção e Combate à Dengue no Setor Colina Azul. A iniciativa, promovida pela coordenadoria de Vigilância Ambiental e Zoonoses, contou com o apoio da Vigilância Sanitária e foi o pontapé inicial de mais um grande mutirão de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika. A mobilização será realizada em outras 4 regiões da cidade nas próximas semanas.
Essa primeira varredura do mutirão reuniu, nos dois dias, mais de 160 trabalhadores que partiram da Praça da Igreja no Setor Colina Azul com o objetivo de evitar o surgimento e destruir criadouros já existentes do mosquito. Os profissionais também fizeram a destinação sustentável de pneus que foram recolhidos e encaminhados para a empresa Reverso Reciclagem de Pneus Ltda.
“O combate ao mosquito transmissor da dengue é permanente e rotineiro em Aparecida, mas sempre intensificamos nossos trabalhos e aprimoramos a assistência aos casos suspeitos e confirmados, quando necessário. Agora, com a doença deixando em alerta todo o País, continuamos a sensibilizar as pessoas para a importância da prevenção e para que todos façam a sua parte não deixando nenhuma água parada em nenhum recipiente, por menor que seja”, destacou o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, lembrou que os pneus ou quaisquer outros objetos descartados incorretamente representam “um grave risco para a Saúde Pública e o meio ambiente por levarem mais de 5 séculos para se decompor. Nesse sentido, para evitar as doenças, é fundamental promover o descarte correto de objetos que possam reter a água da chuva. Cada um tem que zelar responsavelmente por seu domicílio e pelo bem da comunidade”. A gestora ainda informou que, até o momento, já foram contabilizados em Aparecida 1.796 casos notificados de dengue e uma morte está sob investigação.
O coordenador de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Edson Fernandes, que gerencia e acompanha as ações na cidade, salientou que a população precisa cuidar das residências e estabelecimentos tirando cerca de 10 minutos por semana para verificar seus imóveis e impedir que recipientes como garrafas, copos, latas, vasos de plantas e pneus armazenem água da chuva, além de manter as calhas limpas e as caixas d’água cobertas: “A participação social é indispensável. Cada um de nós deve fortalecer essa sensibilização em seu grupo familiar e de convivência”.
Combate bem recebido
Moradores das regiões visitadas nesta ação afirmaram aprovar as forças-tarefas da Prefeitura no combate ao mosquito da dengue. É o caso de Lourdes Rosa de Godoy, que mora há 30 anos na rua Guará, no Colina Azul, que celebrou a visita dos agentes: “Gosto de abrir minha casa para esse pessoal que nos ajuda muito. Aqui vasculharam meu quintal, acharam focos, me explicaram como cuidar das plantas sem deixar água parada e tiraram muitas dúvidas que eu tinha. Me sinto mais segura”.
Na casa do sr. “Zé Branco”, que tem um bar na rua Guará e cria galinhas, cachorros e até um jabuti, os agentes também acharam focos do Aedes Aegypti e orientaram o idoso a não deixar isso acontecer de novo. Durante a visita, Valdimiro José Lopes, morador do Bairro Independência, chamou a equipe da Vigilância para relatar que, por onde ele passa, vai virando objetos com água e jogando no lixo copos e marmitas que encontra jogados nas ruas. “É excelente a Prefeitura fazer essas visitas e limpezas, mas só adianta se todos nós contribuirmos. Muita gente não acredita que a dengue é perigosa, ela é terrível e pode até matar, não deixe ela chegar na sua família”, afirmou ele.
Como denunciar
A Secretaria de Saúde tem canais de denúncia para que os moradores informem pneus acumulados, imóveis fechados, piscinas abertas ou abandonadas, caixas d’água destampadas e outras irregularidades que possam aumentar a infestação das doenças. Os telefones são 3545-4819 e 3283-3644.
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