Em um mês, seis mulheres afirmaram publicamente ter sofrido assédio sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. Além da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, uma advogada e quatro ex-alunas de Almeida deram seus relatos em entrevistas à coluna e a outros veículos desde 5 de setembro, quando a coluna revelou que o então ministro era alvo de denúncias de suposto assédio sexual, entre elas contra Anielle. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Trabalho abriram inquéritos para apurar o caso. Silvio Almeida negou acusações.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou em depoimento à PF no último dia 3 a reportagem da coluna publicada em 5 de setembro, sobre ter sido assediada sexualmente por Silvio Almeida. Almeida supostamente a abordava de modo inadequado desde o fim de 2022, durante o governo de transição. Depois, importunou a ministra fisicamente.
No último dia 4, disse Anielle em entrevista: “Fui vítima de importunação sexual. […] A gente está falando de um conjunto de atos inadequados e violentos, sem consentimento e reciprocidade. […] Ninguém se sente à vontade para relatar uma violência”.
“Ele [Silvio Almeida] era bem desrespeitoso. […] A gente nunca teve nenhum tipo de intimidade. […] Durou alguns meses, assim, mais de ano, na verdade. Começa com falas e cantadas mal postas, eu diria. E vai escalando para um desrespeito pelo qual eu também não esperava. Até situações que mulher nenhuma precisa passar, merece passar ou deveria passar”, afirmou a ministra recentemente em outra entrevista, confirmando que foi tocada nas partes íntimas por Almeida durante uma reunião do governo federal em maio de 2023.
Fonte: Metrópoles
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